CLDF rememora Dia de Nakba, marco do êxodo palestino após criação de Israel


Nesta segunda (27), às 19h, a Câmara Legislativa do Distrito Federal realiza solenidade em memória dos 76 anos de Nakba (palavra árabe para “catástrofe” ou “desastre”), episódio que remete a 15 de maio de 1948, data do início da retirada do povo palestino após a fundação do Estado de Israel. A iniciativa do deputado Gabriel Magno (PT) “relembra a data histórica e ratifica a manifestação palestina contra o domínio territorial e a limpeza étnica”. 

Dados históricos estimam que aproximadamente 750 mil palestinos tenham fugido ou sido forçados a deixar suas casas devido a ocupação. Segundo Magno, o evento salienta os desafios enfrentados pelas vítimas do conflito, desde segregação, dificuldades econômicas, escassez de recursos básicos e a constante presença militar israelense. 

“Não há espaço para uma ideologia racista, supremacista, colonial e violenta em pleno século 21. Não é mais possível conviver com o apartheid e a ocupação que são perenes há 76 anos”, enfatiza o parlamentar. “Ataques a alvos civis são condenáveis, independentemente do lado envolvido no conflito. É necessário um cessar-fogo imediato, um cessar da ocupação israelense na Palestina e o fim de todos os crimes de guerra”, reforça Magno.

Nakba aponta ainda para o problema de que muitos refugiados palestinos no exterior permanecem apátridas até hoje

A solenidade de hoje a noite pode ser acompanhada em transmissão simultânea pela TV Câmara Distrital (canal 9.3) e pelo canal da Casa no YouTube.

 

Conflito

O Dia de Nakba ressalta a reinvidicação do povo palestino para que Israel acate a Resolução 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) de 1948 que estabelce o direito de retorno dos refugiados para a Palestina. O texto também destaca que os palestinos tem direito de andar livres nas ruas do seu Estado sem serem barrados, fichados, presos ou mortos pelo exército israelense.

O conflito arabe-israelense voltou a ser destaque após o ataque terrorista coordenado por grupos militantes palestinos contra cidades israelenses nas proximidades da Faixa de Gaza em outubro do ano passado. Em seis meses de conflito, já são 2 mil israelenses mortos e, segundo dados do Ministério da Saúde Palestino, mais de 30 mil palestinos, sendo 70% crianças e mulheres. 



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