Com Lula, Amazônia e Pantanal têm piores incêndios em 20 anos

Constatação é do Observatório Europeu Copernicus

FONTE: PLENO.NEWS

Não há dúvidas de que 2024 tem sido histórico para a questão ambiental brasileira, mas sob uma ótica amplamente negativa. Esse fato foi reforçado por uma constatação divulgada nesta segunda-feira (23) por cientistas do Observatório Europeu Copernicus, que apontaram que a Amazônia e o Pantanal enfrentam seus piores incêndios em quase 20 anos.

Incêndios têm castigado o Pantanal neste ano Foto: Agência Brasil/Joédson Alves

De acordo com o Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus (CAMS), os incêndios na região têm se mantido acima da média. O dado considera tanto o número de focos de queimadas quanto a extensão das áreas afetadas e as emissões de carbono geradas.

Em todo o território brasileiro, as emissões acumuladas neste ano já chegaram a 183 megatoneladas de carbono até 19 de setembro. Estados como Amazonas e Mato Grosso do Sul, onde estão localizadas a Amazônia e o Pantanal, registraram as maiores emissões em 22 anos de monitoramento, com 28 e 15 megatoneladas de carbono emitidas neste ano, respectivamente.

Para o Copernicus, os incêndios ocorridos neste ano são considerados fora do comum, mesmo durante o atual período de julho a setembro, quando normalmente ocorrem queimadas. O impacto, inclusive, tem ultrapassado as fronteiras brasileiras, “chegando a atravessar o Atlântico”.

– Em 2024, os incêndios na América do Sul têm se mostrado muito acima da média, especialmente na Amazônia e no Pantanal. A fumaça gerada afetou áreas muito além dos locais onde os incêndios ocorreram – destacou Mark Parrington, cientista sênior do CAMS.

Ainda de acordo com o observatório, as altas temperaturas, seca prolongada e outros fatores climáticos contribuíram para o aumento da intensidade do fogo e seus efeitos na qualidade do ar.

– A extensão da fumaça e os efeitos na qualidade do ar indicam a gravidade e a intensidade das chamas. É fundamental manter o monitoramento desses incêndios e suas emissões para entender melhor seu impacto na qualidade do ar e na atmosfera – finalizou Parrington.

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