Na tarde desta quarta-feira (31), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou uma moção de repúdio à visita oficial do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil.
Por Rogério Cirino
A decisão recebeu apoio de políticos da oposição, liderados pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), e foi encabeçada pelo presidente da comissão, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), que afirmou que a visita de Maduro envergonhou o Brasil perante o mundo.
O tom de celebração com o qual o presidente venezuelano foi recebido no país foi considerado absolutamente inaceitável. Embora seja compreensível que o Brasil mantenha relações comerciais com diversos países, a forma como a visita ocorreu gerou um sentimento de vergonha nacional. O Congresso Nacional se posicionou contra esse fato, destacou o presidente da comissão.
No entanto, houve vozes discordantes em relação à moção de repúdio. O deputado Glauber Braga (PSOL-SP) afirmou à CNN que a aprovação do texto não reflete a posição do Parlamento, mas sim a posição radical da oposição em relação ao governo Lula.
Braga enfatizou que a discussão não se trata de apoiar ou não o governo, mas sim das relações diplomáticas entre os países. Ele ressaltou que o Brasil tem a obrigação de estabelecer uma relação com a Venezuela para superar os embargos que prejudicam os venezuelanos. Segundo ele, essa moção é um instrumento da extrema direita para evitar que essas relações ocorram.
A moção de repúdio será levada ao plenário da Câmara, onde os parlamentares governistas irão tentar obter a rejeição do texto. O tema ainda promete gerar acalorados debates no Congresso Nacional, refletindo a polarização existente no país.
É importante ressaltar que essa é uma matéria baseada nas informações disponíveis até o momento. Acompanharemos de perto os desdobramentos desse assunto e traremos atualizações conforme necessário.