Como foi a votação que retirava o Fundo Constitucional do DF no novo marco fiscal

Veja copmo os partidos se posicionam sobre destaque que retirava Fundo do DF do marco fiscal

Por Rogério Cirino

Brasília, 24 de maio de 2023 – Durante a sessão desta quarta-feira (24/5), a Câmara dos Deputados votou os destaques propostos no texto do novo regime fiscal, aprovado na terça-feira (23/5). Um dos destaques em destaque era a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) do texto do relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA). No entanto, a proposta foi rejeitada por 316 parlamentares.

Os oito deputados da bancada do Distrito Federal votaram a favor da manutenção do destaque, que foi proposto pelos deputados Alberto Fraga (PL-DF) e Fred Linhares (Republicanos-DF). Alguns parlamentares, como Erika Kokay (PT), contrariaram a recomendação do próprio partido para evitar mudanças no Fundo Constitucional do DF. Ela foi a única petista que votou a favor do destaque. A base do governo federal na Casa foi orientada a votar pela retirada do destaque de pauta, e nomes como José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e Gleisi Hoffmann (PT-PR), líder nacional do partido, votaram contra o destaque.

Além disso, outros partidos também se posicionaram. No MDB, partido do governador Ibaneis Rocha, houve divisão, com 20 votos contrários e 20 a favor do destaque. No PSD, 11 parlamentares votaram contra a retirada do item, 3 se abstiveram e os outros 25 votaram a favor da manutenção do FCDF no texto do projeto. Entre os 40 parlamentares do Republicanos, partido de Fred Linhares, Gilvan Máximo e Paulo Fernando, apenas 12 apoiaram o pedido da bancada do DF. No Podemos, dos 12 deputados, dois foram contra a retirada do FCDF no texto, e no PSC, apenas um parlamentar apoiou o Distrito Federal.

Com a rejeição do destaque, o FCDF continua no texto do projeto conforme ajustado pelo relator. O projeto estabelece um limite de 2,5% no crescimento anual dos repasses do governo federal para alguns fundos, incluindo o FCDF. Parlamentares do DF expressaram preocupação com as possíveis perdas orçamentárias que essa limitação pode causar para a capital federal. Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF) e os parlamentares, caso o texto seja aprovado sem alterações em todas as instâncias, a capital poderá perder cerca de R$ 87,7 bilhões em 10 anos.

Após a aprovação na Câmara dos Deputados, o texto segue para o Senado Federal, onde ainda poderá sofrer alterações. No Senado, o Distrito Federal conta com os representantes Leila Barros (PDT), Izalci Lucas (PSDB) e Damares Alves (Republicanos).

O Fundo Constitucional do Distrito Federal representa atualmente mais de 40% do orçamento da capital do país. Criado para custear serviços essenciais em Brasília, que abriga as sedes dos Três Poderes e representantes diplomáticos de outros países, o FCDF desempenha um papel crucial na manutenção do Distrito Federal.

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