Coronel Cirlandio, agora na reserva da PMDF, foi alvo da Operação “Palácio Real”, deflagrada pela PCDF
No dia 02 de setembro de 2016, foi realizada busca e apreensão na residência do Coronel, a qual foi revirada as 6h da manhã, onde foram apreendidos computadores, celulares, “tablets”, “pen drives” e outros eletrônicos; e também no Gabinete em que trabalhava na Casa Militar do GDF, ocasião em que o computador que usava no trabalho também fora apreendido.
A alegação seria de suspeita de participação no episódio em que o PM reformado João Dias despejou quase 200 mil reais no Gabinete do então Secretário de Governo Paulo Tadeu em 2011. Saiu em vários órgãos de imprensa que o Coronel Cirlandio seria suspeito de prática de extorsão, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsa comunicação de crime.
Por isso, devido a grande repercussão negativa que o caso tomou, o Coronel Cirlandio foi para a reserva na PMDF dois anos antes do previsto e teve sua reputação completamente manchada de forma irreversível, fazendo com que abandonasse o meio político e deixasse de participar de eventos sociais por muito tempo, além de ter se afastado de Brasília por mais de dois anos, por motivos óbvios.
O Coronel Cirlandio disse que havia sido ouvido sobre o caso duas vezes, em 2011 e 2013, na qualidade de testemunha e, somente em 2016, passou a ser arrolado como envolvido, justamente quando era chefe de gabinete da Casa Militar do Governo, onde teria orientado o Governador Rodrigo Rollemberg a não conceder o aumento pretendido pela Polícia Civil se a PM e o Corpo de Bombeiros não fossem também contemplados, pois estava perto das Olimpíadas e isso poderia comprometer a segurança dos jogos que seriam realizados em Brasília.
Naquela ocasião, a Polícia Civil entrou em greve devido a negativa do Governo em conceder o almejado aumento salarial, tendo, inclusive o Deputado Laerte Bessa à época, subido em um caminhão de som e chamado o então chefe da Casa Militar, Coronel Ribas, de “Filho da p.”.
O resultado disso tudo? Mais de 10 anos depois do ocorrido, vários envolvidos foram denunciados e viraram réus no processo e foram julgados. No dia 30 de setembro de 2021 foi realizada a audiência de instrução e julgamento e o Coronel Cirlandio foi ouvido na qualidade de testemunha na Sexta Vara Criminal de Brasília. Nenhum indício de participação do Coronel em qualquer tipo de crime foi encontrado.
Nada. O Oficial sequer foi indiciado no inquérito. O que faz crer que tudo não passou de armação, perseguição e revanchismo contra o Coronel, que somente agora resolveu falar sobre o assunto. Resta saber a quem interessava isso tudo…
Matéria produzida através de declaração do Coronel Cirlandio em um bate-papo informal com a nossa redação, onde foram apresentados documentos e provas referentes ao episódio.
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