Exemplo de outros estados
Em uma política similar à adotada em São Paulo, o DF tem mantido alguns pacientes em observação nos hospitais. Assim, reduz-se em média quatro dias o período de internações e ainda evita que o atendimento seja feito apenas quando a doença estiver em alta gravidade.
Segundo fonte do GDF, essa foi a maneira encontrada de observar os pacientes. Com o novo protocolo, o enfermo não é mandado para casa e o tratamento é feito no hospital público.
“Para todas as doenças, temos que ter critérios de internação. Isso vai muito do julgamento clínico. Não é só o diagnóstico. Às vezes, o paciente está muito bem clinicamente, mas vai olhar e a saturação de oxigênio dele está muito baixa. Esse é um paciente que pode piorar e precisa de observação. Não é internar todos os pacientes, tem que ter avaliação do médico”, explica a infectologista Ana Helena Germoglio.
No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), por exemplo, há uma sala em que os médicos julgam quem precisa ser internado.
“Tendo a menor suspeita de que o quadro do paciente pode se agravar, a melhor opção é internar, sim, mas tem que ter suspeita. Se o paciente está bem e é consciente que tem que tem que voltar ao hospital, caso tenha indícios de piora, podemos mandá-lo para casa. É preciso analisar uma série de fatores, desde os clínicos, aos psicológicos e sociais”, frisou a infectologista.
Mortes
Até agora, foram registrados 48 óbitos, sendo que um deles é o de um paciente que residia no estado de Goiás. Portanto, o número oficial do DF é de 47 mortes. Duas delas entraram para a estatística nessa quarta-feira (13/05): uma moradora do Guará de 92 anos e um homem de 72 anos, com residência em Ceilândia.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a mulher de 92 anos sofria com distúrbios cardiovasculares, que agravam o quadro clínico gerado pela Covid-19. A idosa estava internada no Hospital Home desde 28 de abril e faleceu na tarde de quarta.
O morador de Ceilândia de 72 anos sofria com diabetes e distúrbios metabólicos, doenças que podem complicar a condição do paciente. Ele deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na segunda-feira (11/05) e faleceu no mesmo dia. A morte, contudo, só foi divulgada dois dias depois, nessa quarta-feira (13/05).
BSB TIMES