Em uma declaração no mínimo contraditória, o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que o projeto de uma nova reforma do Maracanã contará com a reconstrução da geral. A área seria igual à demolida, sem cadeiras e com grande aglomeração de pessoas para assistirem os jogos. A afirmação foi feita em entrevista concedida à FLA TV, e publicada no último sábado no canal oficial do Robro-negro da Gávea, pelo You Tube (clique aqui para assistir)
Texto: José Boas / G8 SPORTS // Fotos: EBC – Agência Brasil
Sobre o tema, Witzel afirmou: “O Maracanã nessa nova configuração terá de volta a ‘geralzona’, o geraldino vai estar de volta ao estádio. Já está no projeto de legislação, e quem ganhar vai ter que colocar a geral, pois foi uma proposta que assinei na Assembleia Legislativa do Estado. Nosso geraldino vai voltar”.
As declarações do governador foram vistas como irresponsáveis por muitos médicos e questionada pelo Ministério da Saúde, uma vez que o estado é o que conta, em termos proporcionais, com a maior população de pessoas infectadas pelo coronavirus no Brasil. São Paulo lidera com números totais (140 mil doentes), mas o volume de portadores de COIVD-19 representa 0,31% e sua população. Já o Rio de Janeiro tem índice de 0,4% de sua população contaminada (64,5 mil enfermos para uma população de 16 milhões de pessoas) e a própria Secretaria Estadual de Saúde reitera o alerta de que já não há mais vagas nos hospitais fluminenses.
Em muitas oportunidades, Witzel usou a imprensa para fazer frente ao Palácio do Planalto, acusando o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) de agir de forma irresponsável na condução das políticas públicas de enfrentamento à pandemia de COVID-19, sendo pouco ativo e deixando de tomar medidas mais enérgicas para frear a pandemia no Brasil, negligenciando as determinações da OMS quanto ao distanciamento social, por exemplo. Na contramão destas declarações, o governador assinou decreto, na última sexta-feira (05) autorizando reabertura de quase todo o comércio, shoppings, partidas de futebol, pontos turísticos e templos religiosos, dando o último poder de decisão aos prefeitos.
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