A CPI do Senado que vai investigar a atuação do governo federal durante a pandemia de Covid-19 e os recursos para os Estados e municípios começou a trabalhar nesta terça-feira (27)
A relatoria ficou mesmo com Renan Calheiros, após o TRF-1 derrubar a liminar em primeira instância contra a medida obtida pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP).
Embora quatro dos 11 integrantes da CPI sejam identificados como governistas e tenham discursado em defesa de Jair Bolsonaro, um deles votou no independente Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da comissão.
Ciro Nogueira (PP-PI) admitiu ter sido o voto governista para Aziz, alegando que este prometeu se imparcial.
Renan assumiu a relatoria com um discurso duro. Disse que não fará perseguições, mas afirmou que é preciso punir “imediata e emblematicamente” os responsáveis pelas mortes durante a pandemia.
Um dos primeiros a serem ouvidos na CPI, já na próxima terça-feira, deve ser o ex-ministro Henrique Mandetta, demitido em abril do ano passado por divergências com Bolsonaro sobre a condução do combate à pandemia. O requerimento deve ser votado amanhã. Depois será a vez de seus sucessores, o médico Nelson Teich, que pediu demissão após 28 dias, supostamente devido a pressões para aprovar o uso de tratamentos sem eficácia, e o general Eduardo Pazuello, executor da política atual.