CPI do MST divulga plano de trabalho visando a proteção da propriedade privada no Brasil
Por rogério Cirino par ao BSB Times
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) recém-instalada na Câmara dos Deputados para investigar invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) apresentará seu plano de trabalho em uma sessão nesta terça-feira (23) às 14h. O objetivo declarado do colegiado, segundo seu relator, é estabelecer a ideia de que existe uma lei no Brasil que protege a propriedade privada.
A CPI, presidida pelo deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), teve início na última quarta-feira (17) e tem como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Salles enfatizou que a comissão não convocará ministros sem motivo e que todas as ações criminosas e desrespeitosas à propriedade privada, independentemente do grupo envolvido ou da localização geográfica, serão investigadas pela CPI.
O presidente da Comissão, Tenente-Coronel Zucco, destacou a necessidade de proporcionar segurança aos produtores rurais em suas propriedades, afirmando que não é mais aceitável que vivam com medo.
O MST, por sua vez, criticou a formação da CPI, alegando que se trata de uma tentativa de criminalização do movimento e de pressionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Veja também:
Além da CPI do MST, a CPI das Apostas Esportivas, também instalada na última semana, também apresentará seu plano de trabalho nesta terça-feira. Durante a sessão, alguns dos requerimentos apresentados pelos deputados serão votados, incluindo convocações à ministra do Esporte, Ana Moser, e ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.
Das três CPIs instaladas na última quarta-feira, a CPI da Americanas, que investiga possível fraude contábil na empresa, é a única que ainda não divulgou sua programação para o trabalho.
Os grupos de CPI têm o prazo de 120 dias, aproximadamente quatro meses, para concluir seus trabalhos. No entanto, esse prazo pode ser estendido por mais 60 dias, caso necessário.