Três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) aguardam a definição das vagas que serão destinadas a cada partido ou bloco partidário na Câmara dos Deputados.
Por Rogério Cirino para o BSB Times
As CPIs pretendem investigar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), um esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol profissionais e as inconsistências contábeis das Lojas Americanas. Enquanto isso, os líderes partidários estão em processo de articulação para indicar os deputados que farão parte desses colegiados.
No final de abril, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leu os pedidos de criação das três CPIs, marcando um dos primeiros passos para o início efetivo dos trabalhos. No entanto, ainda falta uma decisão da Mesa Diretora da Câmara sobre como as vagas serão distribuídas entre os partidos e blocos partidários.
Segundo informações de um dos deputados envolvidos na criação da CPI do MST, Lira afirmou que tomaria providências a respeito do processo após retornar de sua viagem a Nova York, nos Estados Unidos. O presidente da Câmara chegou ao Brasil nesta quinta-feira (11), o que pode trazer novos desenvolvimentos para o assunto a partir da próxima semana.
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Há parlamentares que acreditam que as CPIs possam iniciar suas atividades até o final deste mês.
É previsto que os dois maiores blocos partidários da Casa obtenham mais vagas do que os demais partidos. Um desses blocos é composto por União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota. O outro é formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC.
Somente após a definição das vagas é que as indicações dos membros poderão ser oficializadas no sistema da Câmara. Nos bastidores, os líderes partidários estão articulando quais deputados irão compor esses colegiados. Após as indicações, será possível realizar a primeira reunião para dar início aos trabalhos das CPIs.
O deputado Felipe Carreras (PSB-PE), autor do pedido da CPI da manipulação de jogos, pretende ser o relator dessa comissão. Nas redes sociais, o parlamentar defendeu a necessidade de investigação desses casos.
“Esta semana veio à tona o que estamos alertando há algum tempo, o afastamento de jogadores da Série A suspeitos de envolvimento nesse esquema. O futebol é uma paixão nacional, é um patrimônio do povo brasileiro. Precisamos investigar a fundo e punir todos os envolvidos!”, publicou Carreras em suas redes sociais.
O deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) pretende ser o presidente da CPI do MST, e Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, é cotado para ser o relator.
