Decisões contra Bolsonaro ampliam divisões no STF e na Câmara

Foto: Felipe Sampaio STF

Voto de Fux contrasta com maioria no Supremo, enquanto aliados de Bolsonaro se chocam com Hugo Motta na Câmara

As recentes decisões contra Jair Bolsonaro (PL) vêm escancarando divergências internas tanto na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto na Câmara dos Deputados.

Na Corte, o placar foi de 4 a 1 pela manutenção das medidas cautelares contra o ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica. O único voto contrário foi do ministro Luiz Fux, que apontou excessos na restrição de direitos como a liberdade de expressão e de locomoção.

Fux também diverge de Alexandre de Moraes sobre a abrangência do STF nos casos de 8 de janeiro e já demonstrou críticas à rigidez das penas. Com isso, tem se consolidado como uma voz dissonante dentro da Turma, especialmente entre os investigados, que veem nele chance de recursos futuros.

No Congresso, a tensão opõe o presidente interino da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e deputados do PL. Durante o recesso, aliados de Bolsonaro tentaram manter comissões funcionando para aprovar moções de apoio ao ex-presidente, mas Motta proibiu sessões até agosto.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a medida é “antirregimental e ilegal”, criticando a postura de Motta. Já o presidente da Casa defendeu que sessões durante o recesso limitariam a participação dos deputados.

A bancada bolsonarista também busca preservar o mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que estava licenciado. Entre as alternativas estão uma mudança no regimento interno da Câmara ou sua nomeação para um cargo estadual — possibilidade que o PT já tenta barrar no STF.

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