Parlamentar alega que só prestará esclarecimentos após ter acesso às investigações do caso
Por Rogério Cirino
Nesta segunda-feira (7), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve comparecer à Polícia Federal (PF) em São Paulo para depor, após ser intimada a respeito de uma investigação que a envolve. A parlamentar é suspeita de supostamente contratar um hacker para inserir, de forma ilegal, dados no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração da deputada foi transmitida por meio de uma nota divulgada por seu advogado, Daniel Bialski, na última sexta-feira (4). De acordo com a nota, a defesa alega que Zambelli não cometeu nenhum ato ilícito e afirmou que ela só responderá às perguntas após receber cópias de todo o inquérito e das medidas cautelares. O advogado reforçou que a parlamentar está disposta a prestar esclarecimentos e ser ouvida no decorrer do processo, mas entende ser fundamental garantir o pleno exercício da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal.
O caso ganhou relevância após a prisão do hacker Walter Delgatti, conhecido por vazar mensagens da operação Lava Jato. A investigação aponta que Delgatti teria invadido os sistemas do CNJ, a pedido de Zambelli, entre setembro e dezembro de 2022, com o intuito de expor supostas vulnerabilidades no Poder Judiciário pouco antes das eleições.
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Na época, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) levantava suspeitas, sem apresentar provas, sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro e defendia a implementação do voto impresso nas urnas eletrônicas.
A PF também investiga possíveis crimes ocorridos entre 4 e 6 de janeiro de 2023, quando foram inseridos no sistema do CNJ, e possivelmente em outros tribunais do país, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por diversos motivos, além do mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a PF, o hacker preso teria recebido R$ 13,5 mil da deputada como pagamento pelos serviços. Zambelli, por sua vez, alega que os pagamentos foram relacionados a melhorias em seu site e outras tarefas técnicas.
Após a operação da PF, líderes ligados à cúpula da Câmara dos Deputados passaram a cogitar a possibilidade de cassação de Zambelli. A parlamentar, porém, ainda aguarda os desdobramentos das investigações para prestar os devidos esclarecimentos.
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