Favelas ganham voz na luta por igualdade e desenvolvimento urbano
O Deputado Rogério Morro da Cruz, da Câmara Legislativa, anunciou sexta (16/6) a criação da Frente Parlamentar em Defesa das Favelas e Respeito à Cidadania, com o objetivo de proteger e promover os direitos das comunidades faveladas. A iniciativa visa engajar o Poder Legislativo na busca por avanços no desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural dessas regiões.
Segundo o deputado, as favelas representam territórios de grande potencial econômico, cultural e social, onde milhares de pessoas enfrentam diariamente diversas formas de pobreza para sustentar suas famílias, cultivar suas raízes culturais, praticar esportes, se organizar politicamente e muito mais. Ele ressalta que as favelas são reflexo de um modelo de desenvolvimento que historicamente privou a maioria dos benefícios da urbanização e do exercício pleno de direitos fundamentais.
Embora Brasília seja a capital do país e tenha o maior PIB per capita do Brasil, um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que cerca de 150 mil brasilienses vivem em favelas, distribuídas em 36 comunidades. Muitas dessas comunidades sofrem com a falta de infraestrutura básica, como energia elétrica, saneamento, escolas, unidades de saúde e segurança pública, entre outros direitos essenciais.
De acordo com o censo preliminar do IBGE de 2022, o Sol Nascente se tornou a maior favela do Brasil, com mais de 32 mil domicílios. Esse fenômeno não é exclusivo dessa região, pois outras áreas do Distrito Federal enfrentam desafios semelhantes, exigindo uma abordagem prioritária por parte do governo. Movimentos sociais, como a Central Única das Favelas (CUFA), têm se dedicado a dar visibilidade a essa questão e fortalecer os moradores das favelas. “A Frente Parlamentar utilizará todos os recursos necessários para promover debates, realizar audiências públicas e reuniões, acionar órgãos de controle e rever normas legais, a fim de garantir um futuro melhor para as comunidades dessas regiões”, afirma Rogério Morro da Cruz.