No final do pregão moeda perdeu o folego e fechou a R$5,66
Nesta terça-feira (2), o dólar perdeu parte dos ganhos obtidos pela manhã, fechando com uma alta de 0,22%, cotado a R$ 5,666. Durante o dia, a moeda chegou a bater R$ 5,70, impulsionada por novos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central (BC) e suas promessas de controlar a valorização da divisa norte-americana.
O presidente Lula afirmou, em entrevista à rádio Sociedade de Salvador, que planeja tomar medidas para conter a alta do dólar, mas não especificou quais ações serão implementadas, evitando alertar adversários. Lula também mencionou um ataque especulativo ao real e voltou a criticar o BC por supostamente servir ao sistema financeiro e ao mercado, gerando receios sobre possíveis intervenções governamentais no câmbio.
Enquanto isso, o Ibovespa fechou em alta pelo segundo dia consecutivo, registrando um ganho de 0,06%, aos 124.787 pontos, o maior nível desde o fim de maio. A estabilidade do índice foi favorecida pelo avanço nos pregões de Wall Street e pela queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou a possibilidade de mexer no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para controlar a alta do dólar, ressaltando que a melhor abordagem é melhorar a comunicação sobre o arcabouço fiscal e a autonomia do BC.