Editais para inovação vão impulsionar tecnologias para indústria verde

MCTI e Finep anunciam na COP 28, em Dubai, investimentos de R$ 20,85 bilhões para projetos de inovação na área de transição energética

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram na sexta-feira (1), na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças, em Dubai, Emirados Árabes, cinco editais do programa Mais Inovação Brasil, em um total de R$ 20,85 bilhões. A iniciativa é um braço de inovação da nova política industrial que envolve, ainda, a parceria com os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), de Minas e Energia, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O objetivo é financiar projetos nas áreas da transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. Com isso, sob a ótica da questão climática, buscará fontes alternativas limpas que ajudem a reduzir as emissões de carbono. Do total de recursos, R$ 20 bilhões serão disponibilizados por meio de crédito da Finep, com as melhores condições de financiamento disponíveis no país: TR + 2%. Por meio de chamadas contínuas, serão ofertados R$ 850 milhões, em recursos não reembolsáveis de subvenção econômica, para as empresas realizarem seus projetos de inovação mais arriscados.

A verba destinada à subvenção irá apoiar projetos nas áreas de energias renováveis (hidrogênio de baixa emissão de carbono, geração de energia limpa e armazenamento de energia); bioeconomia (combustíveis sustentáveis para aviação, bioprodutos e química verde); mobilidade sustentável (tecnologias de descarbonização do transporte); aviação (tecnologias mais sustentáveis) e resíduos (aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e industriais). “Estamos fazendo editais específicos do programa Mais Inovação, induzindo caminhos nas agendas da transição energética, da bioeconomia, da infraestrutura e da mobilidade”, ressalta a ministra Luciana Santos.

“A transição energética é complexa, cara e lenta. O governo tem isso como prioridade estratégica e queremos exercer essa liderança. Por isso, temos que investir em inovação. A indústria contemporânea exige inovação”, enfatizou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

“É por meio da inovação, ciência e tecnologia que vamos enfrentar os desafios centrais desses temas. O Estado precisa compartilhar o risco tecnológico com as empresas para que elas possam ir além, pois só assim o Brasil conseguirá obter as tecnologias de ponta tão necessárias para solucionar os problemas da transição energética”, afirmou Elias Ramos, diretor de Inovação da Finep. Segundo o executivo, o objetivo é apoiar projetos estruturantes e que contemplem, no seu desenvolvimento, parcerias com startups e Instituições de Ciência e Tecnologia.

A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), teve início no dia 30 de novembro e vai até 12 de dezembro. O Brasil está presente com três estandes nessa conferência: o da delegação brasileira, ao lado do pavilhão do Reino Unido e, em outro prédio, pela CNI e pelo estande do Consórcio Amazônia Legal.

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