Ex-candidato presidencial, perseguido pelo regime de Maduro, busca proteção internacional em meio à repressão contra opositores
Neste domingo (8), Edmundo González, ex-candidato presidencial da Venezuela e adversário do regime de Nicolás Maduro, chegou à Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid, a bordo de um avião da Força Aérea Espanhola. O diplomata aposentado fugiu de seu país natal apenas cinco dias após um tribunal venezuelano emitir um mandado de prisão contra ele, acusado de publicar resultados eleitorais em um site. As acusações foram repetidamente negadas por González.
A Espanha, comprometida com a defesa dos direitos políticos e da integridade física dos venezuelanos, já iniciou o processo para a concessão de asilo político a González. O governo espanhol indicou que a resolução será favorável, reforçando seu papel como protetor de líderes políticos perseguidos.
Antes da fuga, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou em uma mensagem no Instagram que o governo de Maduro concedeu passagem segura a González, justificando a medida como um ato em prol da “tranquilidade e paz política” do país. No entanto, a saída de González do país ocorre em meio a críticas internacionais às eleições venezuelanas e à repressão cada vez mais severa contra opositores do regime.
A chegada de González à Espanha marca mais um episódio de uma crescente repressão política na Venezuela, à medida que a comunidade internacional continua a condenar o governo de Maduro por violações de direitos humanos e desrespeito aos processos democráticos.