Deputado afirma que buscará sanções contra “violadores de direitos humanos” no Brasil
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou, nesta terça-feira (18), que se licenciará do cargo na Câmara dos Deputados e permanecerá nos Estados Unidos. Segundo ele, o objetivo é buscar sanções contra “os violadores de direitos humanos” no Brasil, mencionando nominalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Irei me licenciar sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos. Aqui poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e sua Gestapo da Polícia Federal merecem”, afirmou o parlamentar em vídeo publicado nas redes sociais e em seu canal no YouTube.
Na gravação, Eduardo disse que sua decisão foi tomada para lutar pela liberdade dos presos do 8 de janeiro e de outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. “[Eles] estão pagando o preço da crueldade de um psicopata, que sonha em prender Jair Bolsonaro e, imagina ele, que assim vai exterminar o maior movimento popular que a minha geração já testemunhou”, declarou.
O parlamentar também destacou que pretende atuar para garantir um “cenário internacional que permita eleições limpas, transparentes e com ampla participação da oposição”. Jair Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considerou que ele cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
No vídeo, Eduardo revelou que sua intenção inicial era fazer uma curta viagem, mas que decidiu permanecer fora do Brasil. “Nunca imaginei que eu faria uma mala de sete dias para não mais retornar para a minha casa. Mas hoje vejo com clareza que Deus está me mostrando o caminho”, disse.
O anúncio gerou reações no cenário político, e a licença do deputado abre espaço para a suplência em sua vaga na Câmara dos Deputados.
