Em sites ligados a sindicatos a greve já é dada como certa. A paralização seria uma resposta aos planos do presidente dos correios, Floriano Peixoto, de corte de benefícios para adequação da estatal, e da categoria, as novas realidades de uma economia em crise.
A decisão é obviamente uma agravante para a crise econômica gerada pela pandemia, e o Governo Federal já anunciou que irá tomar as medidas legais cabíveis para impedir a greve.
Dentre os benefícios concedidos aos funcionários dos Correios, os quais extrapolam em muito aqueles determinados pela CLT, estão: adicional de férias, o adicional noturno, indenização por morte ou invalidez, entre outras.
Chama atenção o fato de que as principais entidades representativas dos funcionários da estatal nem sequer ratificaram seus indicativos em assembleia. Na quinta-feira (30), enviaram um comunicado ao presidente da estatal: “já que não teve suas reivindicações atendidas pela empresa na mesa de negociação”.
Notória por seu péssimo serviço a estatal a anos está nas listas das principais privatizações a serem realizadas pelo governo federal. Assim como são notórias as “greves anuais” da “categoria” em setembro, em conjunto com os bancários, impedindo o recebimento de boletos e outras contas, fazendo a população de refém e forçando a todos o pagamento de multas e juros.
Vale lembrar, o primeiro escândalo de corrupção do governo Lula se iniciou exatamente com gravações do presidente da empresa na época pegando dinheiro de propina em mãos – o corporativismo certamente teve seu papel nisso.
O Governo Federal já anunciou que irá ao TST contra a paralização. Veja o que disse a diretoria da estatal em nota: https://bsbtimes.com.br/2020/08/03/veja-a-nota-da-diretoria-dos-correios-sobre-a-greve/
Rogério Cirino para o BSB TIMES.