Entrevista: Fátima Sousa disputará a Câmara Federal e o Psol terá Keka Bogno para o Buriti

Fátima Sousa foi candidata a governadora do Distrito Federal pelo Psol – Partido Socialismo e Liberdade em 2018, obtendo 4,35% dos votos válidos. Casada, Professora de Ensino Superior, 61 anos, nascida em São José Lagoa Tapada-PB.

Professora Fátima Sousa, é um prazer conversar com a senhora, uma exímia educadora da nossa Universidade de Brasília (UnB).

BSB. Como ex-candidata ao GDF, que política pública gostaria que o atual governador Ibaneis tivesse executado?

FS. Ele prometeu cuidar da saúde pública e não fez. Nós apresentamos um programa de governo, onde a saúde era a centralidade das nossas ações, entre tantas: Nele, implantava 100% de Agentes Comunitários de Saúde, para que todas as famílias pudessem receber a visita desses profissionais em suas casas; revitalizava todos os hospitais tornando-os referências das UBS, UPAS e SAMU; valorizava e respeitava os profissionais; fortalecia o papel do Conselho Distrital de Saúde; e revogava as privatizações da saúde.

BSB. Então, como candidata à Câmara Federal pelo Psol, as novas regras com 09 nomes não atrapalharia o PSOL de alcançar o quociente eleitoral?

FS. A dificuldade será igual para todos. Ainda mais com o fim das coligações proporcionais. Veja que, individualmente, nas últimas eleições, partido algum atingiu o quociente. Assim, o desempenho individual irá pesar muito e nós acreditamos que as propostas que vamos trazer ao debate despertarão grande interesse aos cidadãos e cidadãs brasilienses.

BSB. O Psol deve se federar com a Rede, que por sua vez, Marina quer apoiar Ciro Gomes ao Planalto, como ficaria sua posição no DF, apoiaria um candidato do PDT-DF?

FS. Os entendimentos para a formação da Federação Psol-Rede estão sendo definidos por suas respectivas direções nacionais. Até onde tenho acompanhado, os militantes de cada partido terão a possibilidade de apoiar o presidenciável de sua preferência. É bom ter em mente que os cenários para o Planalto e para o Buriti não estão consolidados. Muita coisa ainda pode acontecer. O Psol não abandonou seu desejo de que haja uma frente progressista que, unida, dispute o GDF.

BSB. Se permanecer essa polarização, em um eventual segundo turno, quem a senhora apoiaria: Lula ou Bolsonaro? E porquê?

FS. Não há a menor possibilidade de apoiar Bolsonaro para um novo mandato. Isso seria um caos para o Brasil e, consequentemente, para Brasília. A gestão atual representa o sucateamento da saúde, dos direitos trabalhistas e previdenciários, da educação, da cultura e do meio ambiente. A renda do trabalhador caiu, o desemprego aumentou, metade dos trabalhadores hoje vivem de bico, sem qualquer proteção social. Não podemos aceitar mais 4 anos desse caos.

BSB. E, em Brasília, se houver um segundo turno entre Ibaneis e Reguffe, quem apoiaria? E entre Ibaneis e Izalci? E entre Ibaneis e Leila? Ou acredita em outros nomes para o segundo turno?

FS. O Psol terá candidatura própria. Keka Bagno, assistente social, conselheira tutelar e mestre em políticas públicas pela UnB, que revisitará nosso programa de governo apresentado em 2018, com propostas claras que assegurem saúde, emprego, direitos sociais, mobilidade urbana de qualidade, respeito às crianças e mulheres, que não discrimine negros ou LGBTQI+, enfim, que recupere a qualidade de vida no DF e que assegure o bem estar, inclusive ambientalmente falando.

BSB. Mas a senhora continua com o sonho de governar Brasília?

FS. Em 2022 sou pré-candidata à Deputada Federal. Se o povo do DF me confiar o seu voto, aí estarei para contribuir com o desenvolvimento integral e sustentável do DF. Não vou desistir da cidade que me acolheu de braços abertos. Faremos a diferença na Câmara Federal.

BSB. Queremos agradecer por sua disposição e colocar sempre nossa redação para que divulgue suas propostas de políticas públicas para o Distrito Federal.

FS. Muitíssimo obrigada.

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