Omar Aziz insinuou casos de corrupção nas Forças Armadas, a reação veio em comunicado para senador, que reagiu: nota foi “desproporcional”
Por Hélio Rosa
Os fatos da última quarta-feira (7) na CPI da Covid aumentaram a tensão entre o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), e as Forças Armadas.
Na terça-feira, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, e ex-sargento da Aeronáutica, Roberto Dias, recebeu ordem de prisão do presidente de Aziz, sob alegação de perjúrio.
O ex-sargento foi acusado pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, de defender interesses de uma empresa que negociou a venda de doses de vacina COVAXIN para o Ministério da Saúde.
Senadores pediram a Aziz que reconsiderasse sua decisão de prender Dias. No entanto, Aziz deu consecução ao seu ato e Dias deixou a sala da CPI conduzido pela polícia do Congresso Nacional.
Dias pagou fiança e foi liberado no mesmo dia.
Ainda durante o depoimento, presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) insinuou (sem provas) que “as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas, devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
Sua declaração foi muito mal recebida pelos comandates das Forças o que levou a reação.
Em nota divulgada ainda na noite de quarta, o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e conjunto dos comandantes das Forças Armadas, repudiaram as declarações do presidente da CPI.
“As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”, diz a nota.
No plenário da Câmara, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) lebmbrou dos mais altos desígnios do serviço militar, rendeu homenagens e disse nutrir respeito às Forças Armadas.
A delcaração de Pacheco está sendo tratada como ‘covardia’ por parte dos partidos de esquerda e da mídia alinhada.