Secretaria de Educação afirma que retorno em 31/8 está mantido, mas que “nenhuma decisão que coloque em risco os estudantes será tomada”
“Nenhuma decisão será tomada de forma que coloque em risco a saúde de estudantes, de professores, dos demais servidores que atuam nas escolas e das pessoas que precisam ir às unidades de ensino, como os pais e responsáveis. A Secretaria de Educação só irá retomar as atividades presenciais se houver todas as condições de segurança de saúde e controle da curva da pandemia”, informou a pasta por meio de nota.
Caso a retomada ocorra, haverá protocolos rigorosos, como distanciamento mínimo, fornecimento de álcool em gel, uso de máscaras de proteção facial e aferição de temperatura. “Já foram feitas a desinfecção e a higienização em quase 100% das escolas, em parceria com o programa Sanear DF, que vai seguir até o fim do ano letivo”, frisou a Educação ao Metrópoles.
Confira o calendário mantido, por enquanto:
- 31 de agosto: início das aulas presenciais da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da Educação Profissional;
- 8 de setembro: início das aulas do ensino médio;
- 14 de setembro: início das aulas dos anos finais do ensino fundamental, incluindo a Escola Parque da Cidade (Proem);
- 21 de setembro: início das aulas dos anos iniciais do ensino fundamental, incluindo a Escola Meninos e Meninas do Parque;
- 28 de setembro: início das aulas da educação infantil;
- 5 de outubro: início das aulas do ensino especial, educação precoce e classes especiais.
Instabilidade
A manutenção da data de retorno, no entanto, é questionada por professores e diretores de escolas. A decisão de adiar a volta presencial dos docentes da rede pública de ensino do Distrito Federal para o início do período de apresentação, ambientação e formação dos servidores fez parte da comunidade acadêmica acreditar que os alunos não estarão em sala de aula no dia 31, como previsto em calendário escolar.
Os educadores retomariam as atividades na próxima segunda-feira (17/8), entretanto, uma avaliação realizada pela Secretaria de Saúde fez com que a Educação prorrogasse a data.
Assim, o Sindicato dos Professores do DF, diretores de escolas do Núcleo Bandeirante, Estrutural, Ceilândia e Samambaia começaram a conversar com a categoria sobre a possibilidade de a volta gradual dos estudantes não ocorrer na data prevista.
“A logística para o retorno foi quebrada. Não houve estrutura necessária para a testagem, isso quebra o ciclo previsto para o retorno em 31 de agosto”, afirmou a diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa.
Além disso, Rosilene ressalta que, mesmo com a testagem, o retorno na data é precoce. “Os números do DF não estão reduzindo. A pandemia manda que as escolas não voltem. O ideal é repensar um calendário escolar que dissolva o conteúdo do ano de 2020 em 2021 e 2022”, acredita.
Em uma das circulares encaminhadas pelos diretores das escolas aos docentes, a gestão escolar ressalta que “não há nova previsão de retorno às atividades presenciais dos servidores das unidades escolares. Para que isso ocorra, deverá haver a testagem antes desse retorno. Quando houver uma nova data, divulgarão por meio da CRE ou meios oficiais de comunicação. Aguardemos!”, diz o texto.
“A Secretaria de Saúde, área responsável pela testagem dos profissionais da Educação, avaliou que é mais eficiente e adequado realizar esse processo em data mais próxima do início das aulas presenciais. A testagem de todos os profissionais de ensino está garantida e irá ocorrer por grupos, de forma escalonada”, esclareceu.
Teleaulas
Para reforçar o ensino e ampliar as possibilidades de ensino, a Secretaria de Educação quer retomar as aulas da educação básica em redes de TV aberta. Logo no início da pandemia do novo coronavírus, quando houve a decisão de manter o ensino a distância no DF, o primeiro modelo adotado foi de transmitir pela TV Justiça, Rede União e Rede Gênesis o conteúdo para os estudantes. Essa modalidade foi cessada com a conclusão da plataforma on-line de ensino.
No entanto, ainda com o chamamento público aberto para a disponibilização de internet aos 460 mil estudantes da rede, a pasta decidiu ampliar as possibilidades de acesso ao conteúdo de cada série escolar. O GDF está empenhado em garantir que o conteúdo pedagógico chegue a todos os estudantes da rede pública.
“É um momento desafiador, complexo, causado por uma pandemia inesperada, que exige uma série de adaptações. O órgão está fazendo tudo para que sejam minimizados os impactos disso no ano letivo”, informou a pasta por meio de nota.
Reprodução | BSB TIMES com informações do Metrópoles/ Manoela Acântara.