Guiana busca intervenção do Conselho de Segurança da ONU diante da Venezuela

Presidente da Guiana anuncia medidas após tensões fronteiriças com a Venezuela

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, anunciou que acionará o Conselho de Segurança da ONU e a Corte Internacional de Justiça nesta quarta-feira (06) em resposta às recentes ações da Venezuela.

Ali já teve uma conversa com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, enquanto a tensão na fronteira se intensifica.

O líder venezuelano, Nicolás Maduro, declarou a criação de uma zona de defesa integral da Guiana Essequiba, designando um general como a “única autoridade” da área, o que provocou uma resposta imediata por parte da Guiana.

“A Guiana relatará este assunto de manhã. Escreveremos para o Conselho de Segurança da ONU e para o Tribunal”, afirmou Ali em um comunicado ao país. Ele também ressaltou que “a Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo” e acusou a Venezuela de atentar contra a integridade territorial e a estabilidade política do país.

A disputa pelo território Essequiba foi impulsionada pelo interesse após a descoberta de petróleo e gás pela Guiana, resultando em significativo crescimento econômico para o país. A região, produtora de cerca de 400 mil barris por dia de petróleo e gás, atraiu propostas de empresas para licitações internacionais neste ano.

O presidente Ali assegurou aos investidores a segurança de seus investimentos e ressaltou que “Nossa mensagem é muito clara: seus investimentos estão seguros”.

Antes do referendo, a Corte Internacional de Justiça determinou que a Venezuela se abstivesse de qualquer ação que pudesse modificar a situação do território de Essequiba. Os juízes enfatizaram que qualquer ação para alterar o status da região deveria ser interrompida, reafirmando que a Guiana administra e exerce controle sobre a área disputada.

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