Halfitime Show: Como Michael Jackson revolucionou o intervalo do Super Bowl

Há 30 anos, lendária apresentação do rei do pop mudou a maneira como o evento é transmitido ao redor mundo

FONTE: AVENTURAS NA HISTÓRIA

Na noite deste domingo, 12, o Kansas City Chiefs encara o Philadephia Eagles em mais uma grande edição do Super Bowl, a 57ª, um dos eventos esportivos mais assistidos e lucrativos da história.

Além das quatro linhas, o evento será marcado pelo tradicional halftime show, que esse ano será comandado por Rihanna. Entretanto, os espetáculos artísticos de grandes proporções são uma parte da história recente do evento.

Isso porque, entre 1967 e 1992, as apresentações ficavam por conta de grupos universitários locais ou performances de artistas de menor expressão, como Up With People, Pete Fountain, Carol Channing e o bizarro Elvis Presto — o mágico que imitava o Rei do Rock.

Elvis Presto se apresentando no Super Bowl / Crédito: Getty Images

 

Por ser pouco atrativa, a queda de audiência durante o intervalo também assustava os patrocinadores, que jamais pagariam rios de dinheiro — como acontece atualmente — para associarem suas marcas a números de qualidade contestáveis que não eram assistidos por quase ninguém.

A gota d’água antes de uma drástica mudança foi justamente no ano de 1992. Na ocasião, o intervalo foi um show temático com patinadores no gelo, jogadores de hóquei olímpico, além da cantora Gloria Estefan.

Como acontece ainda hoje nos Estados Unidos, os direitos de transmissão do evento são revezados entre alguns canais de televisão. Para rivalizar com o halftime show, a Fox decidiu entrar ao vivo com o programa humorístico In Living Color, protagonizado pelos irmãos Keenan e Damon Wayans.

A estratégia deu certo e, no intervalo, a audiência do Super Bowl despencou 22%. Os Wayans fizeram até uma contagem regressiva para os telespectadores voltarem a assistir ao evento esportivo.

A revolução de Jackson

No ano seguinte, a NFL sabia que não poderia manter o péssimo nível dos shows e precisaria ousar e inovar com a atração. O responsável por essa revolução nos intervalos foi o astro mundial do pop Michael Jackson.

Ele aceitou não receber cachê pela exibição e ficou lisonjeado com a promessa de que sua apresentação de 15 minutos seria transmitida para 120 milhões de pessoas ao redor do mundo.

Michael Jackson durante apresentação no halftime show / Crédito: Getty Images

Assim, no dia 31 de janeiro de 1993, Jackson se apresentou no Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia. Embalado por Billie Jean, Black or White e We Are the World — além do famoso passo do Moonwalk — o show de Michael atingiu a marca de 93 milhões de telespectadores só nos Estados Unidos. Em termos de comparação, o jogo entre Dallas Cowboys e Buffalo Bills, que ocorre no mesmo ano, só atingiu o pico de 91 milhões.

Michael Jackson durante apresentação no Super Bowl / Crédito: Getty Images

 

Desde então, a apresentações nos halftime shows vêm crescendo cada vez mais e, como consequência, atraindo mais patrocinadores — estima-se que um intervalo de 30 segundos no evento custe cerca de 5 milhões de dólares para os anunciantes.

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