Suspeitos de mandar matar de Marielle Franco e Anderson Gomes são realocados.
Na manhã desta quarta-feira (27/3), o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foram transferidos de Brasília para outras unidades prisionais federais. A ação ocorre após a detenção dos dois durante a Operação Murder Inc., conduzida pela Polícia Federal (PF), com apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol/PCERJ), da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), além de participação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Os irmãos Brazão são suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, crime ocorrido no Rio de Janeiro (RJ). Chiquinho Brazão, que já foi vereador pelo MDB, inclusive durante parte do mandato de Marielle, foi mencionado na delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco. Ele posteriormente se elegeu para a Câmara dos Deputados pelo Avante e foi reeleito pelo União Brasil em 2022. Já Domingos Brazão teve seu nome citado no depoimento do miliciano Orlando Curicica à Polícia Federal, relacionado ao crime.
Os Brazão têm forte influência política e eleitoral em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, historicamente dominado por milícias. A transferência dos suspeitos para outras prisões federais mantém a investigação em curso e reflete o desdobramento das ações das autoridades competentes. Rivaldo Barbosa, também detido no âmbito da mesma operação, permanecerá sob custódia em Brasília enquanto o desenrolar do caso continua.