Israel afirma que Mossad informou autoridades brasileiras sobre terroristas do Hezbollah

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou na quarta-feira que o Mossad, a agência de inteligência de Israel, colaborou com os serviços de segurança brasileiros e outras agências internacionais para impedir um ataque aos judeus no Brasil planejado pelo grupo radical islâmico apoiado pelo Irã, o Hezbollah. O gabinete do primeiro-ministro israelense afirmou que os serviços de segurança brasileiros, juntamente com o Mossad e outras agências internacionais de segurança e aplicação da lei, impediram com sucesso um ataque terrorista no Brasil, que foi orquestrado pela organização terrorista Hezbollah e financiado pelo regime iraniano.

Como resultado desse esforço colaborativo, a Polícia Federal brasileira emitiu um comunicado confirmando a prisão de dois indivíduos em São Paulo sob acusações de terrorismo. Mandados de busca e apreensão também foram executados nos estados de Brasília e Minas Gerais. O Mossad divulgou que a célula terrorista operada pelo Hezbollah planejava um ataque contra alvos israelenses e judeus no Brasil. O Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão no Líbano, e o governo iraniano não fizeram quaisquer comentários imediatos sobre o assunto.

A história do extremismo no Brasil é relativamente limitada. Em 2017, oito brasileiros ligados ao Estado Islâmico foram condenados por planejarem ataques durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, seguindo pista do FBI dos Estados Unidos. Em 2021, o Tesouro dos EUA identificou três indivíduos no Brasil como membros de uma rede afiliada à Al Qaeda. As autoridades dos EUA também monitorizam de perto a região da Tríplice Fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai, que alberga uma grande comunidade da diáspora libanesa e serve de base para organizações de contrabando e outros grupos do crime organizado.

A operação da Polícia Federal Brasileira ocorre num momento de crescentes preocupações com a segurança global, após o ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro e os subsequentes ataques aéreos militares israelenses em Gaza. Os líderes judeus no Brasil expressaram apreensão com o aumento da retórica antissemita online desde o início do conflito. Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Federação Judaica do Estado de São Paulo (Fisesp), afirmou: “Estamos acompanhando com preocupação a operação de hoje da Polícia Federal. O Brasil não tem histórico de terrorismo e esperamos que o conflito no O Oriente Médio não será importado para cá.”


 

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