Gabinete de guerra israelense se reúne para discutir respostas aos recentes ataques, enquanto Biden pressiona por uma solução diplomática.
Após os ataques sem precedentes do Irã a Israel na noite anterior, o presidente norte-americano, Joe Biden, pediu cautela ao governo de Benjamin Netanyahu e instou por uma resposta diplomática internacional para evitar uma escalada ainda maior dos conflitos no Oriente Médio. O governo dos Estados Unidos teme que as hostilidades se transformem em uma guerra aberta, arrastando toda a região e possivelmente envolvendo os EUA.
Desde o último sábado (13), a administração Biden tem alertado Israel sobre a importância de sua defesa bem-sucedida contra os ataques iranianos, destacando que isso constitui uma vitória estratégica e que uma resposta militar não é necessariamente a melhor opção.
A interceptação de quase todos os 330 drones e mísseis disparados contra Israel demonstrou, segundo o governo Biden, a capacidade do país de se proteger e a eficácia da coordenação com seus aliados norte-americanos. No entanto, ainda não está claro se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e seu governo concordam com essa abordagem.
Enquanto o gabinete de guerra de Israel se reuniu para discutir possíveis respostas aos ataques, as autoridades israelenses anunciaram que relaxariam algumas restrições às atividades educacionais e reuniões em massa, indicando uma postura cautelosa diante da situação atual.
Embora Israel esteja avaliando suas opções de retaliação, ainda não foi emitida uma declaração formal do governo. No entanto, uma fonte israelense familiarizada com as discussões indicou ao The New York Times que Israel responderá no momento adequado, e que o Irã enfrentará as consequências de suas ações.
Apesar da tensão, Israel celebrou o sucesso em repelir a ofensiva iraniana, agradecendo a coordenação com os EUA, Reino Unido, Jordânia e outros países da região que alertaram sobre os ataques com antecedência, permitindo a preparação das defesas aéreas de Israel.