Jaques Wagner rebate Gleisi após aprovação do PL da Dosimetria no Senado

Troca de críticas públicas expõe divergência interna no PT após aprovação do projeto no Senado

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), usou as redes sociais para responder críticas feitas pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, após a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria, na noite de quarta-feira (17/12). A ministra classificou a condução do tema no Senado como um “erro lamentável”.

Mais cedo, Gleisi afirmou que a liderança do governo contrariou a orientação oficial ao permitir o avanço da proposta. Jaques Wagner rebateu publicamente: “Lamentável é nos rendermos ao debate raso e superficial. É despachar divergências de governo por rede social”, escreveu o senador.

O embate teve início após Jaques Wagner admitir que fez acordos para viabilizar a votação do texto, mesmo sem o aval da ministra, responsável pela articulação política do governo no Congresso Nacional. Segundo o senador, tratou-se apenas de um entendimento procedimental.

Horas depois, o projeto foi ao plenário do Senado e aprovado por 48 votos a 25. Jaques Wagner e os demais senadores do PT votaram contra a proposta. Logo após a votação, Gleisi voltou às redes sociais para criticar a decisão: “A condução desse tema pela liderança do governo no Senado na CCJ foi um erro lamentável, contrariando a orientação do governo que desde o início foi contrária à proposta. O presidente @LulaOficial vetará esse projeto. Condenados por atentar contra a democracia têm de pagar por seus crimes”.

O PL da Dosimetria altera critérios de fixação das penas aplicadas aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Jaques Wagner reiterou ser contrário ao mérito do projeto: “Eu não fiz nenhum acordo de mérito, eu continuo contra, acho um absurdo o projeto. A única diferença é que você poderia empurrar com a barriga para fevereiro, ou votar hoje, não muda absolutamente nada”, disse ao deixar a Comissão de Constituição e Justiça.

O acordo costurado pelo líder do governo previa a votação do projeto tanto na CCJ quanto no plenário, em troca da inclusão na pauta do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 128/2025, que estabelece cortes em benefícios fiscais. A negociação gerou reação negativa entre partidos da base aliada, como MDB e PSD, que abandonaram a votação na comissão.

Antes de ter conhecimento do acordo, Gleisi negou qualquer negociação envolvendo o projeto. “Não há nenhuma negociação ou acordo no Senado envolvendo o projeto de lei da redução de penas para os golpistas condenados pelo STF. O governo é contra essa proposta e orienta sua base a votar contra”, afirmou a ministra a jornalistas.

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