O presidente Lula, convidou o General Marcos Antonio Amaro dos Santos para liderar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Por Rogério Cirino
A escolha de Amaro é vista como uma derrota para uma ala de ministros e auxiliares do presidente que pregam a desmilitarização do governo e um maior protagonismo de policiais federais e agentes de segurança pública.
Integrantes das Forças Armadas descrevem Amaro como calmo, ponderado e conciliador, e acreditam que seu perfil é ideal para o atual momento de reestruturação do GSI. No entanto, a escolha de Amaro representa uma mudança significativa para o GSI, que perdeu duas de suas principais atribuições nos últimos meses. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) agora responde à Casa Civil, enquanto a segurança do presidente e do vice-presidente é realizada principalmente por policiais federais subordinados à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República.
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Quem é o General Amaro?
Marcos Antonio Amaro dos Santos nasceu em Motuca, São Paulo, em 25 de setembro de 1957. Ele entrou no Exército Brasileiro em 4 de março de 1974, na Escola Preparatória de Cadetes. Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1980, sendo declarado aspirante a oficial de Artilharia. Ao longo de sua carreira militar, Amaro concluiu vários cursos, incluindo paraquedismo, observador aéreo, busca de alvos de artilharia, além de MBAs em Excelência Gerencial com ênfase em Gestão Pública pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Ele serviu em unidades militares de Artilharia em Jundiaí (SP), no Rio de Janeiro e em Olinda (PE). Amaro retornou às Agulhas Negras como instrutor e executou a mesma função na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Como coronel, comandou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército entre 2004 e 2005. De 2007 a 2010, foi chefe da Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército.
Ao chegar ao generalato, liderou a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada em Cuiabá. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), em abril de 2020, assumiu a chefia de Estado-Maior do Exército. Em julho do mesmo ano, passou a acumular a função de comandante militar do Sudeste. Em 2015, com a reforma ministerial executada pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o GSI perdeu o status de ministério e foi integrado à Secretaria de Governo.