Economista de 42 anos é escolhido para suceder Roberto Campos Neto a partir de janeiro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira (28/8) a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), para assumir a presidência da instituição após o término do mandato de Roberto Campos Neto, em 31 de dezembro deste ano. A decisão foi comunicada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva no Palácio do Planalto.
Com 42 anos, Galípolo é natural de São Paulo e possui uma carreira que combina experiências no setor público e privado. Ele já atuou como secretário-executivo de Haddad na Fazenda e foi presidente do Banco Fator entre 2017 e 2021. Sua trajetória inclui também a fundação de uma consultoria e participação em projetos de parcerias público-privadas.
A indicação de Galípolo será encaminhada ao Senado Federal, onde ele passará por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A aprovação do nome depende tanto do colegiado quanto do plenário da Casa, um processo que ocorre em meio às incertezas do calendário eleitoral municipal.
O economista também é conhecido por sua postura ponderada em relação à política monetária. Em junho deste ano, ele brincou com a questão da sua idade, destacando que, apesar de ser considerado jovem para o cargo, sente o peso da responsabilidade e das exigências físicas da posição.
Galípolo, que se formou em ciências econômicas e possui mestrado em economia política pela PUC-SP, tem se destacado por sua capacidade de dialogar com diferentes setores, incluindo o mercado financeiro e a academia. Agora, sua nomeação ao cargo máximo do BC marca um novo capítulo na gestão da política monetária brasileira sob a liderança do governo Lula.