Protestos contra o presidente estão marcados para este sábado (19) em diversas cidades brasileiras. Em publicação nas redes sociais, Lula cogitou ir ao ato
Matéria: Estado de Minas
O atos de rua contra o presidente Jair Bolsonaro marcados para este sábado, 19, nas capitais e em centenas de cidades do País ganharam caráter mais partidário e pró-Lula em relação às manifestações que ocorreram em maio. Esse movimento ficou explícito após o PT aderir oficialmente aos protestos de rua – no qual prometeu se juntar aos movimentos sociais “no apoio e participação” – e na possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ir ao evento em São Paulo.
A possibilidade de o petista ir à manifestação gerou reações dos demais líderes do movimento. Os atos foram convocados pela Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, Coalizão Negra por Direitos e por seis centrais sindicais. Segundo os organizadores, estão confirmados atos em mais de 400 cidades dos 27 Estados.
“Nós não vamos bloqueá-lo, mas a presença do Lula não pegaria bem”, disse o sindicalista Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e presidente do PDT paulistano. Aliado de Ciro Gomes, que é pré-candidato do PDT à Presidência, ele afirmou que seu partido não aderiu institucionalmente aos atos, mas liberou a militância a participar. Ciro não estará presente.
Procurada, a assessoria do ex-presidente Lula deixou em aberto se ele iria ou não ao evento na Avenida Paulista, o que deixou os organizadores apreensivos. Se o petista decidir ir de última hora, isso causaria dificuldades logística para os organizadores, já que não foi programado nenhum esquema especial de segurança para recebê-lo. Ou seja: haveria aglomeração e risco de segurança.
Custo
As manifestações de hoje contra o presidente Jair Bolsonaro custarão R$ 381 mil aos cofres públicos paulistas. Os recursos serão gastos na mobilização de um esquema de segurança, segundo apurou o Estadão. Somente no maior ato, na avenida Paulista, em São Paulo, a Polícia Militar (PM) vai mobilizar cerca de 400 policiais, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Foram escalados policiais do batalhão territorial e de unidades especializadas, com aproximadamente 120 viaturas, duas aeronaves e seis drones. Outras unidades da PM permanecerão de prontidão e, se necessário, serão deslocadas para prestar apoio. A Secretaria informou que a PM também estará mobilizada para garantir a segurança em manifestações em outras regiões do Estado.
A decisão do PT de intensificar a convocação para os atos contra Bolsonaro e a possibilidade de Lula estar presente geraram reações de outros setores que também fazem oposição ao presidente. O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, grupos que pediram o impeachment de Dilma Rousseff e agora fazem estão contra o governo federal, optaram por não participar.