MCTI investe R$ 27 milhões na contratação de 20 projetos de pesquisa sobre Covid longa

Seminário virtual marca início de execução dos projetos que envolvem aspectos de incidência e diagnóstico, mecanismos e fatores de risco, e tratamento da doença

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Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) abriu nesta quarta-feira (05) o seminário marco zero, que simboliza o início da execução dos projetos de pesquisa contratados sobre Covid longa. Foram investidos R$ 27 milhões do fundo setorial de saúde do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Os projetos selecionados envolvem incidência e diagnóstico, mecanismos e fatores de risco, e tratamento da Covid longa.

Os dados disponíveis até o momento indicam que a Covid longa é composta por sequelas heterogêneas que acometem múltiplos sistemas de órgãos, com impactos significativos na morbidade, mortalidade e qualidade de vida. Ainda há poucos estudos sistemáticos investigando a população com a doença e pouco conhecimento estabelecido sobre a composição e a gravidade dos sintomas, esperado curso clínico, impacto no funcionamento diário e retorno esperado à saúde básica.

Na abertura, a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Marcia Barbosa, enfatizou a importância do acompanhamento próximo dos projetos pela pasta ministerial e da utilização dos resultados que serão gerados na elaboração de políticas públicas baseadas em evidências científicas. “Nossa expectativa é a de que os projetos contribuam significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do Brasil na temática de Covid longa, de modo a contribuir com o avanço do conhecimento na área e gerar resultados que possam servir de subsídio para seu enfrentamento no âmbito do sistema de saúde brasileiro”, afirmou Barbosa.

Ao longo de dois dias, os coordenadores dos projetos e as áreas técnicas do MCTI e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) participarão de atividades com a finalidade identificar possibilidades para o estabelecimento de cooperações, para o compartilhamento de amostras, reagentes e até instalações, mas sobretudo para o delineamento de hipóteses conjuntas e para o debate de ideias, essencial para o avanço do conhecimento. Serão três salas virtuais, que agrupam os projetos de acordo com as linhas de pesquisa.

Barbosa salientou que o MCTI, desde 2020, por meio da RedeVírus, já investiu milhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação desde o início da pandemia de Covid-19. Entre os projetos apoiados estão os ensaios clínicos de medicamentos, testes para diagnóstico, estudos de epidemiologia e fisiopatologia da doença e suas consequências, monitoramento ambiental e genômico, e o desenvolvimento de vacinas. Duas vacinas que permitiram incorporar novas plataformas tecnológicas estão prestes a iniciar os ensaios clínicos de fase 2.

Em uma série especial, o MCTI destacou as principais contribuições por meio desses investimentos, como os avanços proporcionados pela rede Corona-Ômica, responsável pela vigilância genômica do vírus que depositou mais de 70 mil genomas no GISAID, que tornou-se referência e fomentou outras redes pelo Brasil, treinou profissionais e tem como desafios atuar no sequenciamento genômico de outros vírus e bactérias. A estratégia adotada pelo MCTI para pesquisa e desenvolvimento de vacinas e medicamentos antivirais, que aproximou a academia da iniciativa privada, é um caminho para vencer barreiras na produção nacional de Ingrediente Farmacêuticos Ativos (IFAs). O fomento à Rede Previr  MCTI unificou, fortaleceu e ampliou atuação em âmbito nacional da vigilância epidemiológica de patógenos em animais silvestres com potencial zoonótico, ou seja, que podem ser transmitidas para seres humanos. Desde o início das atividades, os pesquisadores coletaram 7,5 mil amostras de morcegos e aves e atualmente direcionaram os esforços para o monitoramento da influenza aviária.

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