Novembro Negro: Revista Filme Cultura 64 – Cinemas Negros é lançada no Cine Brasília

Publicado pela última vez em 2018, periódico chega ao público durante Mostra-Debate Cinemas Negros
FONTE: Ministério da Cultura

Com a atual edição sendo construída há cinco anos, foi relançada na noite deste sábado (18), a Revista Filme Cultura 64 – Cinemas Negros, uma parceria entre a Secretaria do Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura (Minc) e a Cinemateca Brasileira. No editorial da Revista, os organizadores destacam que é preciso entender o intervalo como um ato de resistência da cultura, do pensamento crítico audiovisual e do cinema negro brasileiro. Na estreia, foi exibido o longa-metragem Marte Um, de Gabriel Martins.

O secretário-Executivo do MinC, Márcio Tavares, destacou o simbolismo do momento, às vésperas do Dia da Consciência Negra, e falou sobre a recuperação das políticas do audiovisual. “Nós estamos muito felizes, nesse momento, em poder dizer que todas as políticas culturais que haviam sido interrompidas foram retomadas. É um orgulho poder retomar esse projeto que foi interrompido em 2018, que agora sai com novas colaborações, enriquecida pelo novo momento histórico em que o audiovisual investe no ano de 2023, o maior volume de recursos da sua história”, comemora.

“A partir de agora, quando a gente vê esse número 64 estampado, daqui alguns meses ele terá um outro sentido na memória nacional que fala sobre os 60 anos do golpe de Estado e da luta pela democracia, a gente sabe que a consolidação da democracia passa pela cultura, pela arte, pelo cinema. Passa pela reflexão sobre o cinema brasileiro e passa sobretudo pela construção de uma democracia plena com a diversidade do nosso povo”, provoca Márcio Tavares.

A secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, falou sobre o papel da SAV no processo de construção da Revista e do audiovisual no país. “Na secretaria do audiovisual nós sempre nos provocamos a pensar o que queremos deixar de legado e qual o audiovisual que estamos construindo. Uma política do audiovisual que olha para as diferentes formas de fazer audiovisual, os diferentes tipos de acesso de fazer, que é feito de pessoas para pessoas. As histórias dessas pessoas existem e estão prontas para serem devolvidas e inundar todas as telas do país”, afirmou.

Para a diretora-técnica da Cinemateca Brasileira, Gabriela Queiroz “celebrar a retomada da revista é um sinal da nossa força de resiliência e resistência”. “A Filme Cultura renasce, a Cinemateca renasce”, avalia.

Debates

Os debates e filmes serão realizados e exibidos até segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra. Junto ao lançamento, a SAV realiza a Mostra-Debate Cinemas Negros, sempre com sessão às 20 horas. Os debates são realizados sempre às 16h30.

Para a Mostra, foram selecionados longas e curtas-metragens contemplados em políticas afirmativas para o audiovisual da SAV. Estão sendo apresentados três longas fomentados pelo Edital de longa-metragem de Baixo Orçamento Afirmativo (2016): Marte Um, de Gabriel Martins; Um dia com Jerusa, de Viviane Ferreira; e Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso.
Além desses, a Mostra traz os curtas: A boneca e o silêncio, de Carol Rodrigues; Cinzas, de Larissa Fulana de Tal; Preto no Branco, de Valter Rege; e UrSortudo, de Janú Ário Jr.

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