Transformar um banco regional em um banco nacional não é tarefa fácil. Não se trata apenas de logística ou de fundos, mas, sobretudo, de marketing — um trabalho que combina propaganda e vendas. Quando o BRB começou essa empreitada, foi um movimento ousado e surpreendente, especialmente com o patrocínio inesperado de anos atrás. Ainda assim, pairava uma dúvida no ar: seria possível o Banco de Brasília se tornar um banco nacional? Conseguiria captar recursos em nível nacional?
No início da nova administração de marketing, o banco surpreendeu a todos com o patrocínio inovador do BRB, um formato totalmente inédito e vitorioso até hoje. Isso já demonstrava uma inteligência extraordinária. Mas a aposta em Gabriel Bortoleto foi ainda mais impressionante. A decisão de focar em uma área do esporte deixada de lado pelas grandes empresas, mas que sempre foi uma paixão para o torcedor brasileiro, mostra paciência e a expertise de encontrar a pessoa certa para patrocinar. Foi uma jogada de mestre do marketing do BRB.
Não precisamos ir longe para lembrar o impacto do Banco Nacional ao associar sua imagem a Ayrton Senna. Embora o banco não exista mais, sua marca ainda é lembrada pelo icônico boné azul com o nome “Nacional” e a assinatura de Senna ao lado. Essa é justamente a aposta do BRB: criar uma imagem nacional vinculada a um herói esportivo. E, sim, eles estão no caminho certo.
Gabriel Bortoleto tem o potencial para ser essa peça-chave. Para aqueles que são amantes, conhecedores e especialistas em automobilismo, o patrocínio de Bortoleto é uma escolha estratégica, especialmente considerando sua recente contratação pela Sauber. Embora a equipe ainda esteja em uma posição inferior, a expectativa é que, com o aporte da Audi — uma fabricante global de automóveis —, ela se torne uma das equipes de ponta da Fórmula 1 entre 2026 e 2027. Esse é um movimento de marketing arrojado e promissor, com tudo para dar certo.