Confronto entre STF e Elon Musk expõe passividade do presidente do Senado, que ignora crescente clamor da oposição por destituição de ministro
No centro do embate entre Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a oposição ganha novo ímpeto para exigir o impeachment do magistrado. Contudo, em meio à escalada das tensões e à possibilidade de suspensão da rede social no Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), permanece passivo, resistindo a qualquer movimento que poderia dar andamento aos pedidos de destituição de Moraes.
A inércia de Pacheco contrasta fortemente com o aumento da pressão por parte da oposição, que pretende fazer do impeachment de Moraes o foco das manifestações marcadas para o feriado de 7 de setembro. Mesmo com 22 pedidos de impeachment já protocolados contra o ministro, Pacheco adota uma postura de inação, ignorando as demandas crescentes de um setor significativo do Congresso e da sociedade.
Embora detentor da prerrogativa de avançar com processos de impeachment contra ministros do STF, Pacheco tem se mostrado relutante em assumir qualquer papel ativo, preferindo deixar os pedidos acumularem poeira em sua mesa. Essa postura omissa alimenta a insatisfação entre os críticos de Moraes, que veem no presidente do Senado um obstáculo ao que consideram ser a necessidade de um escrutínio mais rigoroso sobre as ações da Suprema Corte.
Os recentes desdobramentos, incluindo as denúncias sobre trocas de mensagens entre assessores de Moraes e as polêmicas decisões que impactam diretamente as empresas de Musk no Brasil, apenas aumentaram a pressão sobre Pacheco. No entanto, ele continua a evitar qualquer decisão que possa desagradar o STF, mesmo diante de um contexto em que sua inação é cada vez mais criticada como conivência ou falta de coragem política.
Ao se manter inerte, Pacheco não apenas ignora as demandas por ação, mas também arrisca ser visto como cúmplice passivo de um sistema que, segundo os críticos, permite abusos de poder sem qualquer tipo de consequência. Sua postura tem sido interpretada como um sinal claro de omissão em um momento em que muitos esperam uma liderança firme e decidida no Senado, especialmente diante de um conflito que tem potencial para abalar o equilíbrio democrático no país.