Peças e movimentações no tabuleiro político

Geraldo Magela, Paula Belmonte e Reguffe possuem capital eleitoral considerável | Imagem: Reprodução/Mosaico

No xadrez, cada peça tem seu valor e movimentos específicos, assim como cada político e partido no cenário político

1. Peões: Geraldo Magela, Paula Belmonte e Reguffe
– Geraldo Magela (PT): Como um “peão” que já foi sacrificado várias vezes para proteger o rei ou avançar a estratégia do partido. Mesmo sem grandes vitórias recentes, continua relevante e engajado, tal como um peão que avança lentamente, mas constantemente.
– Paula Belmonte (Cidadania): Uma peça “peão” que tem potencial para se transformar em uma peça mais poderosa (como uma rainha) se bem utilizada. Sua atuação destacada na infância, transparência, empreendedorismo e terceiro setor são movimentos que aumentam sua influência no tabuleiro.
– Reguffe (Podemos): Um “peão” que já chegou ao outro lado do tabuleiro e foi promovido a uma peça mais poderosa, tendo sido senador. Agora, o partido pondera se deve utilizá-lo em uma posição defensiva (deputado) ou ofensiva (candidato ao GDF ou Senado), apesar que já se posicionaram que o querem como deputado federal.
2. Cavalos, Torres e Bispos: Partidos e Estratégias
– PT-DF: O “cavalo”, com movimentos imprevisíveis. Magela é utilizado em jogadas estratégicas, mesmo que pareçam sacrificiais, sempre visando um posicionamento vantajoso no futuro. O partido planeja aproveitar a “fortaleza” do governo Lula para lançar candidaturas fortes ao GDF e ao Senado.
– Cidadania-PSDB: A torre em apuros, que precisa se reposicionar para evitar o xeque-mate. Paula Belmonte pode ser a peça chave para revitalizar o partido, movendo-se para posições onde possa influenciar e reverter a situação.
– Podemos: O bispo, movendo-se diagonalmente para permanecer na base do governo e garantindo posições estratégicas. O partido considera utilizar Reguffe em um movimento estratégico, capitalizando seus votos anteriores e sua popularidade, mas não na majoritária.
3. Rainha e Rei: Poder e Liderança
– GDF e Senado: Como o rei no xadrez, são as posições mais valiosas e desejadas. O controle dessas posições garante poder e estabilidade para os partidos.
– Lideranças Partidárias e Federais: Equivalentes à rainha, possuem o maior poder de movimento e influência. A posição do governo Lula é crucial para as estratégias do PT, assim como as movimentações internas do Cidadania-PSDB e Podemos são vitais para sua sobrevivência e relevância.
Estratégias e Futuros Movimentos
– PT: A estratégia é aproveitar a popularidade do governo federal para ganhar o GDF ou o Senado. Pode utilizar seus peões (como Magela) para marcar posição e influenciar o tabuleiro.
– Cidadania-PSDB: Necessitam de uma estratégia de renovação, afastando antigos líderes e apostando em novas peças (como Belmonte) para evitar o colapso.
– Podemos: Mantém uma postura calculada, não se comprometendo com candidaturas majoritárias para não perder apoio do governo, mas de olho em oportunidades para posicionar Reguffe em uma jogada decisiva, caso o ex-senador não troque de partido.
Xeque-Mate ou Xeque
– Xeque-Mate: Sem mandatos, os políticos e partidos ficam vulneráveis, incapazes de influenciar o jogo. Portanto, a obtenção de cargos eletivos é vital para sua sobrevivência e influência.
– Xeque: Os movimentos atuais podem não garantir a vitória imediata, mas posicionam as peças para futuros ataques ou defesas. Cada partido deve jogar cuidadosamente, antecipando os movimentos dos adversários e ajustando suas estratégias conforme necessário.
Assim, como no xadrez, a política descrita é um jogo de estratégia, paciência e cálculo, onde cada movimento deve ser pensado para garantir a posição e o avanço das peças no tabuleiro.

Corrigindo: Após a publicação da matéria, chegaram informações de que o ex-senador Reguffe, apesar de manter bom relacionamento com o Podemos, na verdade está sem partido desde 2022. Que pode ser candidato ao GDF, mas que no momento está cuidando da saúde e desconversa sobre qualquer assunto referente às futuras eleições.

*Helio Rosa é jornalista e MBA em Administração Pública. Escreve toda quarta-feira para a coluna “O Xadrez da Política” do BSB TIMES.

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