O Pentágono informou na quarta-feira (26) que militares transgêneros serão removidos das Forças Armadas dos EUA, salvo se obtiverem uma isenção especial. A medida faz parte da política do governo de Donald Trump, que proíbe pessoas trans de ingressarem e servirem no Exército.
A decisão foi publicada em um memorando anexado a um processo judicial movido por grupos LGBTQ contra a ordem executiva do presidente. A nova diretriz determina que o Departamento de Defesa identifique, em 30 dias, militares com diagnóstico ou histórico de disforia de gênero — condição caracterizada pela incongruência entre identidade de gênero e sexo biológico.
Critérios para afastamento
Militares identificados nessa condição serão desqualificados e afastados, recebendo baixa honrosa, a menos que seu histórico indique o contrário. A única exceção será para aqueles que:
✅ Comprovarem estabilidade por 36 meses, sem tratamento ou desejo de transição;
✅ Demonstrarem que sua permanência beneficiaria a capacidade de combate das forças militares.
Além disso, a política determina que instalações e pronomes sejam usados de acordo com o sexo biológico e proíbe o uso de recursos para tratamentos de transição, como terapia hormonal e cirurgias. Procedimentos já agendados serão cancelados.
Reações e críticas
A medida gerou forte reação de ativistas LGBTQ+, que acusam o governo de discriminação. O Departamento de Defesa não divulgou o número exato de militares transgêneros, mas estimativas indicam que entre 2 mil e 15 mil pessoas podem ser afetadas.
Organizações como GLAD Law e National Center for Lesbian Rights acionaram a Justiça americana, argumentando que a decisão viola a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante igualdade perante a lei.
A sargento Kate Cole, uma das autoras da ação, criticou a política:
➡️ “Remover soldados qualificados como eu significa a perda de profissionais experientes que não podem ser facilmente substituídos.”
As informações são da NBC News.





