Presidente ressaltou que ministros têm carta branca para decisões em suas pastas
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, neste domingo (15), a Petrobras, recusou comentar sobre eventual troca no comando da estatal e disse que a medida cabe ao ministro de Minas e Energia, Adoldo Sachsida, recém-nomeado para o cargo após a saída de Bento Albuquerque.
“Pergunta para o Adolso Sachsida. Ele é o ministro das Minas e Energia e trata disso. E eu deixo bem claro que todos os meus ministros, sem exceção, têm carta branca para fazer valer aquilo que achar melhor para o seu ministério”, disse.
Em sua primeira coletiva como ministro, Sachsida, que antes era lotado no Ministério da Economia, afirmou que pedirá estudos para a privatização da Petrobras e do Pré-Sal.
De acordo com o novo ministro, essa será a primeira ação à frente da pasta. “Meu primeiro ato como ministro de Minas e Energia é solicitar ao ministro Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI, que leve ao Conselho a inclusão da PPSA [Pré-Sal Petróleo S.A.] no PND, para avaliar as alternativas para sua desestatização”, disse Sachsida, em entrevista coletiva
Questionado especificamente sobre José Mauro Coelho, presidente da Petrobras, o presidente relatou que o químico está há um mês no cargo e voltou a criticar o lucro de R$ 44,5 bilhões registrado no primeiro trimestre deste ano pela estatal.
“As petrolíferas do mundo todo diminuíram margem de lucro, já a Petrobras aumentou. O que eu apelei há duas quintas-feiras? Por favor, Petrobras, não quebre o Brasil. A margem de lucro deles é um estupro”, comentou.
Bolsonaro afirmou, ainda, que, caso tenha interesse, a política de preços usada pela Petrobras pode ser alterada. “A PPI (política de paridade internacional) não é uma lei, é uma resolução do conselho. Se o conselho achar que deve mudar, muda”, contou. “Mas não pode a população como um todo sofrer essa barbaridade, porque atrelado ao preço dos combustíveis está a inflação”, completou.
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Cúpula das Américas
Bolsonaro disse que “está em estudo” a possibilidade de comparecer à Cúpula das Américas, que será realizada em junho em Los Angeles, nos Estados Unidos. No Palácio do Planalto, era aventado um eventual encontro com o presidente democrata Joe Biden.
“Depende de muita coisa. Alguns falaram que eu não ia ser recebido pelo Biden. Ah meu Deus do céu, eu sou recebido por chefes de Estado de todo o mundo. O mundo todo quer fazer negócio conosco, sabe porquê? Porque eles dependem dos nossos alimentos para a segurança alimentar”, argumentou.
Recentemente, os Estados Unidos descartaram a possibilidade de convidar os governos de Cuba, Nicarágua e Venezuela para a Cúpula das Américas, que será realizada em junho, em Los Angeles, por considerar que eles não respeitam a democracia. Os chanceleres boliviano e venezuelano rejeitaram a medida.