Facção cobrava até R$ 250 mil por execução de autoridades; nomes de Moraes e Zanin constavam em anotações apreendidas pela Polícia Federal
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (28/5) cinco integrantes de uma organização criminosa que planejava assassinatos por encomenda de autoridades dos Três Poderes. Entre os alvos do grupo estavam os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, cujos nomes apareceram em anotações apreendidas durante a operação.
A facção, que se autodenominava “Comando C4” (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), atuava como uma agência de extermínio profissional, com tabela de preços: R$ 250 mil para ministros, R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados. A PF ainda investiga se Moraes e Zanin chegaram a ser efetivamente monitorados.
A operação, autorizada por Zanin, também cumpriu mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Os alvos são civis e militares da ativa e da reserva, ligados à facção.
A investigação — que corre sob sigilo — tem ramificações mais amplas: o grupo também é suspeito de venda de sentenças judiciais envolvendo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A rede criminosa atuava para lavar dinheiro por meio de empresas e movimentações financeiras suspeitas, alimentadas por supostas propinas pagas em troca de decisões judiciais.
Entre os investigados estão advogados, lobistas, empresários, assessores parlamentares, chefes de gabinete e juízes. Os crimes apurados incluem organização criminosa, corrupção, violação de sigilo funcional e exploração de prestígio.
A facção também está ligada ao assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em Cuiabá (MT) em 2023. Segundo a PF, Zampieri era uma figura-chave no esquema de intermediação de sentenças e foi morto pelo próprio grupo, possivelmente por queima de arquivo.
🔍 A revelação de que ministros da Suprema Corte estavam na mira de assassinos de aluguel gerou repercussão imediata em Brasília. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, classificou o caso como “estarrecedor“.
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