STF Retira Sigilo de Inquérito Sobre Joias Sauditas, Elevando Pressão sobre Ex-Presidente
Nesta segunda-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto desvio de joias sauditas. O inquérito, que também envolve ex-assessores de Bolsonaro, foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem um prazo de 15 dias para decidir se apresentará denúncia, arquivará o caso ou solicitará mais provas.
A Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e outras 11 pessoas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A investigação detalha que o valor total envolvido nas operações chega a US$ 1.227.725,12, equivalendo a R$ 6.826.151,66. Entre os indiciados estão figuras próximas ao ex-presidente, como Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Frederick Wassef, seu advogado.
Em resposta à retirada do sigilo, a defesa de Bolsonaro argumentou que a investigação é um caso de perseguição política, destacando que procedimentos semelhantes em governos anteriores não foram tratados da mesma maneira. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, também criticou a investigação, afirmando que “estão tentando transformar um presente em um caso de corrupção”.
Enquanto a PGR analisa os próximos passos, a pressão sobre Bolsonaro aumenta. A decisão final pode resultar em um julgamento no plenário do STF, envolvendo todos os 11 ministros da Corte. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar entre 10 e 32 anos de reclusão, complicando ainda mais seu cenário político e jurídico.
