No Egito Antigo, os pelos do corpo eram costumeiramente usados para diferenciar os membros da sociedade egípcia. Os membros mais abastados da nobreza, por exemplo, cultivavam a barba como um sinal de seu status. No entanto, a falta da mesma não indicava necessariamente algum tipo de demérito. A classe sacerdotal optava por uma total depilação de seus pêlos. De acordo com estudiosos, o hábito sacerdotal indicava o distanciamento do mundo e dos animais.
Entre os gregos o uso da barba era bastante comum. Prova disso é que muitas das imagens que representavam os famosos filósofos gregos eram sempre acompanhadas de uma farta rama de pêlos. Entretanto, durante a dominação macedônica essa tradição grega foi severamente proibida pelo rei Alexandre, O Grande. Segundo o famoso líder político e militar, a manutenção da barba poderia trazer desvantagens aos seus soldados durante um confronto direto.
Na civilização romana a barba integrava um importante ritual de passagem. Todos os rapazes, antes de alcançarem a puberdade, não poderiam cortar nenhum fio de cabelo ou barba. Quando atingiam o momento de passagem entre a infância e a juventude, raspavam todos os pêlos do corpo e os ofereciam aos deuses. Os senadores costumavam preservar a barba como símbolo de seu status político. Nessa mesma sociedade surgiram os primeiros cremes de barbear, produzidos através do óleo de oliva.
Durante o século XX, o rosto lisinho virou sinônimo de civilidade e higiene. Muitas empresas e instituições governamentais não admitiam a presença de barbudos em seus quadros. No entanto, entre as décadas de 1970 e 1980, cavanhaques e bigodes começaram a virar uma febre entre os homossexuais norte-americanos. Esse novo dado se instituiu na cultura gay do final do século XX e teve como um dos seus maiores representantes o cantor Freddie Mercury.
BIGODES EM LÍDERES
O bigode já foi marca registrada de governantes, revolucionários, pensadores, escritores, atores, artistas e muitas outras pessoas. Pode ser usado de muitas formas, e quase sempre é uma boa ferramenta para deixar uma marca na história.
Impõe respeito e está associado à maturidade. Antigamente, era muito comum e hoje ainda acontece bastante de a gurizada raspar a pele para forçar a aparição do bigode e da barba. É como se, com o bigode crescido, entrassem de vez no mundo adulto e deixassem de ser meninos.
A moda da barba e do bigode continua em um ciclo incessante de idas e vindas. Muito mais do que modismos, estes visuais sempre pesaram consideravelmente na identidade social do homem.
Representou inteligência, status e poder. O uso da barba e do bigode já teve diferentes significados, os quais revelavam o contexto sociocultural dos indivíduos que os assumiam.
Já o bigode (e nossos avôs contam a história com orgulho), há muitos anos, representava honra. Como prova da honestidade de um homem, e para que sua palavra valesse, tirava-se um fio do próprio bigode. Tal gesto valia, em um acordo, mais do que qualquer documento. Além disso, o homem que o ostentava era visto como perfeitamente capaz de desempenhar os papéis que lhe eram atribuídos, pois um homem de bigode pressupunha segurança, independência e sucesso.
Isso acontecia porque seu uso era quase obrigatório entre as personagens importantes e influentes naquele período, e dessa forma ele era associado à sofisticação.
LÍDERES TIRANOS QUE USAVAM BIGODE E/OU BARBA
Saddam Hussein
Adolf Hitler
Josef Stalin
Hideki Tōjō
Fontes: Diariogaucho.com.br / obviousmag.org historiadomundo.com.br
Imagens: Google