Falas de Lula em declaração polêmica sobre a guerra na Ucrânia, que causou críticas oficiais dos Estados Unidos e da União Europeia.
Por Rogério Cirino
Em uma entrevista concedida no dia 16 de abril, Lula afirmou que a Rússia tem direito a ter uma “zona de influência” na Ucrânia, o que gerou indignação no cenário internacional, já que o país é acusado de estar apoiando separatistas pró-Rússia na região leste do país.
Em resposta, o porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou em uma coletiva de imprensa que “a Rússia não tem direito a uma zona de influência na Ucrânia e que as ações do Kremlin na região são uma violação das leis internacionais”. Ela ainda reforçou que os Estados Unidos estão empenhados em apoiar a Ucrânia e em manter a pressão sobre a Rússia por meio de sanções econômicas.
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Já o porta-voz da União Europeia, Peter Stano, emitiu uma declaração oficial afirmando que a posição de Lula é “totalmente inaceitável” e que a UE rejeita qualquer tentativa de justificar a agressão da Rússia na Ucrânia. Stano ainda acrescentou que a UE mantém um compromisso forte com a soberania e integridade territorial da Ucrânia e que acredita que a solução para a crise na região passa por negociações pacíficas e diálogo construtivo entre todas as partes envolvidas.
As declarações de Lula geraram grande repercussão na imprensa internacional e foram amplamente criticadas por líderes políticos e organizações internacionais. O ex-presidente brasileiro, por sua vez, afirmou em suas redes sociais que suas declarações foram mal interpretadas e que ele sempre defendeu a soberania e integridade territorial dos países.