Proximidade com a eleição presidencial já está esquentando os bastidores políticos nos EUA

A tomada da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pelo Partido Republicano nos últimos dias inaugura um período político de dois anos que ameaça trazer confrontos para o governo.

Ao mesmo tempo, um presidente da Câmara republicano e um presidente democrata tentam exercer o poder nas extremidades opostas da Pennsylvania Avenue, a sede do poder em Washington.

A possibilidade inédita de que o ex-presidente Donald Trump, que já se lançou candidato à Casa Branca novamente, possa enfrentar os tribunais pode dividir o país ainda mais num momento em que a democracia norte-americana sofre grave pressão.

Agitada desde já, a campanha presidencial de 2024 vai anuviar ainda mais o cenário, já que os dois partidos sentem que a Casa Branca e o controle do Capitólio estão em disputa após eleições de meio de mandato muito apertadas.

No exterior, a guerra na Ucrânia vive a possibilidade constante e alarmante de virar um conflito entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Rússia. O cenário testará a vontade dos contribuintes norte-americanos de continuar enviando bilhões de dólares para sustentar os sonhos de liberdade de outros povos.

Enquanto lidera o Ocidente nessa crise, o presidente Joe Biden enfrenta também desafios cada vez mais fortes da China e dos alarmantes avanços nos programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte.

Se 2022 foi um ano tumultuado e perigoso, 2023 pode ser tão complicado quanto.

Já é 2024 nos EUA

Goste-se ou não, com o seu anúncio em novembro, Trump lançou os Estados Unidos na próxima campanha presidencial. Mas dúvidas incomuns obscurecem seu futuro depois de sete anos dominando o Partido Republicano.

O lançamento de campanha murcho, somado à derrota eleitoral de 2020 e ao desempenho ruim em 2022 dos candidatos escolhidos a dedo por ele (todos negacionistas do resultado das eleições), mancharam a aura de Trump.

Potenciais figuras alternativas para sua política populista e nacionalista, como o governador da Flórida Ron DeSantis, podem testar a ligação de Trump com sua base conservadora de leais adoradores. Mesmo que consiga se afastar dos tribunais, Trump deve mostrar urgentemente que ainda é o homem forte do GOP, já que cada vez mais republicanos o consideram um ônus.

Biden está perto de dar ao povo um novo fato histórico: uma campanha de reeleição de um presidente com mais de 80 anos. O seu sucesso ao evitar a vitória total dos republicanos nas eleições de meio de mandato tem causado ansiedade entre os democratas em relação à reeleição.

E a carta mais forte na manga de Biden é que ele já derrotou Trump uma vez. Ainda assim, ele não seria capaz de jogá-la se Trump sair de cena e outro candidato potencial do GOP emergir. Aos 44 anos, DeSantis, por exemplo, tem pouco mais da metade da idade atual do presidente (80).

Com 2023 começando, um replay do duelo entre Trump e Biden na Casa Branca –algo que as pesquisas mostram que os eleitores não querem– é a melhor aposta. Mas a política em mudança, os acontecimentos importantes nos próximos meses e os caprichos do destino significam que não há garantia de que o cenário será o mesmo no final do ano.

Fonte: Com informações de Stephen Collinson da CNN Brasil

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