Roger Waters em novo comentário antissemita nega morte de bebês

Co-fundador do Pink Floyd questiona relatos de atrocidades cometidas pelo Hamas

Roger Waters, co-fundador da icônica banda de rock Pink Floyd, gerou uma nova polêmica com suas declarações sobre os eventos de 7 de outubro, quando terroristas do Hamas atacaram o território israelense, resultando em mais de 1200 mortes e 250 reféns. Durante sua participação no programa “Piers Morgan Uncensored” da Talk TV, Waters acusou Israel de espalhar “mentiras repugnantes” sobre queima de bebês e estupro de mulheres durante o ataque.

Waters, de 80 anos, afirmou ter dúvidas sobre as ações de Israel e a falta de provas das acusações contra os terroristas palestinos. Ele questionou a resposta tardia de Israel ao ataque e negou a existência de evidências de estupros e agressões sexuais.

No início deste ano, um relatório das Nações Unidas afirmou que o grupo terrorista Hamas cometeu torturas sexualizadas, incluindo estupros em grupo. Apesar da gravidade deste relatório, Waters desconsiderou as acusações e pediu uma investigação substancial sobre os eventos de 7 de outubro, mencionando um documentário da Al Jazeera e o trabalho do Grayzone para desmentir as “mentiras repugnantes” que, segundo ele, Israel propagou após o ataque.

Waters também afirmou que Israel apresentou o cenário como um ataque aos seus próprios cidadãos e negou que o Hamas possua helicópteros, acusando Israel de destruir carros com mísseis Apache. Ele se recusou a rotular o Hamas como uma organização terrorista e defendeu o direito da Palestina de lutar contra o que descreve como “opressores”.

Em um momento tenso da entrevista, Waters pareceu dialogar consigo mesmo diante das câmeras, acrescentando um comportamento peculiar à discussão. Suas declarações mais recentes reforçam sua posição de que a Palestina tem o direito “legal e moral” de resistir à ocupação israelense desde 1967.

O histórico de Waters inclui numerosas declarações acusando Israel de fabricar histórias sobre os ataques do Hamas. Após os eventos de 7 de outubro, ele afirmou que, se crimes de guerra foram cometidos, os condena, mas qualificou as afirmações de Israel sobre estupros e queima de bebês como uma “narrativa fabricada para justificar ações militares”. Em maio de 2023, Waters causou polêmica em shows na Alemanha por usar um uniforme semelhante ao da SS nazista e fazer alusões controversas ao Holocausto.

Waters é um defensor do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que busca boicotar e desinvestir de Israel, e tem sido criticado por suas posições sobre a invasão russa à Ucrânia. Durante uma entrevista ao jornal alemão Berliner Zeitung, ele defendeu a decisão de Vladimir Putin de invadir o país vizinho.

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