Submarino nuclear e fragata russa aportam em Cuba

Visita de Embarcações Militares Ocorre em Meio à Escalada de Conflitos na Europa

Navios militares da Rússia, incluindo a fragata Admiral Gorshkov e o submarino Kazan, atracaram no porto de Havana, em Cuba, nesta quarta-feira (12), em uma demonstração de força que intensifica a tensão com os Estados Unidos. O governo cubano declarou que a visita é uma prática padrão de unidades navais de países amigos, assegurando que os navios não carregam armas nucleares e não representam uma ameaça direta à região.

A chegada das embarcações russas foi anunciada pelo Ministério da Defesa da Rússia, que compartilhou imagens da fragata e do submarino no porto cubano. As fotos mostram os navios sendo recebidos por autoridades locais e cidadãos, alguns portando bandeiras russas, em um evento que marca uma clara demonstração de apoio mútuo entre Cuba e Rússia.

Antes de atracar em Cuba, a fragata e o submarino, com propulsão nuclear, realizaram exercícios de mísseis no Oceano Atlântico. Durante essas manobras, os navios dispararam mísseis de alta precisão contra alvos simulados a mais de 600 km de distância. O Admiral Gorshkov também conduziu treinamentos de reação a ataques aéreos, ampliando as capacidades de resposta da Marinha russa.

A presença militar russa em uma área tão próxima dos Estados Unidos ocorre em um momento de crescente tensão global, especialmente com a escalada dos conflitos na Europa. As ações da Rússia na Ucrânia têm sido foco de preocupação internacional, e a chegada de seus navios de guerra ao Caribe é vista como uma afronta clara aos interesses americanos na região.

Fragata Admiral Gorshkov, da Marinha russa, chegando ao porto de Havana, em Cuba Foto: Ministério de Defesa da Rússia

Os Estados Unidos, embora não considerem a movimentação uma ameaça imediata, declararam que a Marinha dos EUA monitorará os exercícios realizados pela frota russa. Um oficial norte-americano destacou que “isso é sobre a Rússia mostrar que ainda é capaz de algum nível de projeção de poder global”, sublinhando a crescente rivalidade entre as duas potências.

Essa visita ocorre em um contexto de intensificação das tensões geopolíticas, com a Rússia buscando demonstrar sua capacidade de influenciar além de suas fronteiras tradicionais. As atividades no Atlântico e a presença em Cuba são sinais da determinação da Rússia em manter uma presença militar significativa no cenário global, desafiando diretamente os EUA e seus aliados em um momento crítico.

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