Sucessão de Haddad na Fazenda racha governo Lula e expõe disputa interna no PT

Marcelo Camargo - Agência Brasil

Indicação de Dario Durigan enfrenta resistência no Planalto e no partido, que defendem nome mais alinhado para 2026

A decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de deixar o cargo até abril de 2026 abriu uma disputa interna no governo Lula (PT) e no Partido dos Trabalhadores pela sucessão no comando da política econômica. A movimentação ocorre em meio ao cenário eleitoral e amplia tensões entre aliados do ministro e lideranças do partido.

Haddad já comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pretende sair do ministério para atuar na campanha à reeleição. Embora setores do PT defendam sua candidatura ao governo de São Paulo, a antecipação da saída desencadeou articulações no Planalto e na cúpula partidária.

Para substituí-lo, Haddad indicou o atual secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan. Braço direito do ministro, Durigan o acompanha desde a gestão na Prefeitura de São Paulo e é visto por aliados como um nome de “continuidade” da atual política econômica.

A indicação, no entanto, enfrenta forte resistência dentro do PT e entre ministros do Palácio do Planalto. O principal argumento é que Durigan não tem vínculo orgânico com o partido. “Ele é um cheque em branco”, afirmou, sob reserva, uma liderança petista com acesso direto a Lula.

Também pesa contra Durigan sua passagem pelo setor privado. Antes de assumir a secretaria-executiva da Fazenda, ele foi head de políticas públicas do WhatsApp no Brasil, o que alimenta desconfiança entre alas do PT mais críticas às big techs.

Diante da resistência, petistas passaram a defender outros nomes. Um dos mais citados é Bruno Moretti, atual presidente do conselho de administração da Petrobras e secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, comandada por Rui Costa (PT). Moretti é servidor de carreira e considerado mais próximo do núcleo político do governo.

Aliados de Haddad rebatem afirmando que Durigan conhece profundamente a estrutura da Fazenda e garantiria estabilidade em um período sensível. O secretário-executivo assumiu o posto em 2023, após Gabriel Galípolo ser indicado por Lula para o Banco Central, e já integrou o governo Dilma Rousseff (PT), na Subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência.

Com a saída de Haddad se aproximando, a decisão final ficará nas mãos de Lula, que terá de arbitrar entre a continuidade técnica defendida pelo ministro e a pressão política do PT por um nome mais alinhado ao partido em ano eleitoral.

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