O governo dos Estados Unidos está esperando o relatório final da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a situação no Brasil para avaliar a imposição de sanções contra o país.
Aliados de Trump acusam ditadura no Brasil
Segundo informações do Metrópoles, pelo menos dois assessores próximos de Donald Trump afirmam que há uma ditadura em curso no Brasil, supostamente comandada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e pelo governo Lula. Eles alegam que o objetivo seria a perseguição de opositores e a censura nas redes sociais.
Os dois principais nomes que sustentam essa tese são:
- Jason Miller, estrategista da campanha que levou Trump de volta à presidência. Ele foi detido no aeroporto de Brasília em 2021, por ordem de Moraes, no âmbito do inquérito das fake news.
- Elon Musk, empresário e dono do X (antigo Twitter), que recentemente divulgou a convocação para um pedido de impeachment de Lula no próximo 16 de março. No ano passado, Musk também publicou uma imagem gerada por inteligência artificial mostrando Moraes preso, com a legenda: “Isso um dia se tornará realidade”.
Pressão sobre a OEA e possível corte de verbas
A OEA, organização financiada em grande parte pelos Estados Unidos, dificilmente deixará de registrar em seu relatório casos de censura e perseguição política no Brasil. Os EUA doam anualmente US$ 50 milhões para a organização, valor que representa metade de todas as contribuições dos demais 33 países membros somados.
Caso o governo americano avalie que o relatório da OEA não condiz com a realidade, Trump pode usar isso como pretexto para cortar o financiamento da entidade. Isso repetiria a estratégia adotada em seu primeiro mandato, quando reduziu repasses para ONGs alinhadas à esquerda em nível global.