Presidente ameaça cortar subsídios e Musk responde com acusação sobre caso Epstein
O embate entre Donald Trump e Elon Musk atingiu um novo nível nesta quinta-feira (5), com troca de ataques públicos que envolvem ameaças de cortes financeiros, acusações sobre um escândalo sexual e insinuações explosivas nas redes sociais. De um lado, o presidente dos Estados Unidos prometeu cortar contratos e subsídios bilionários às empresas de Musk; do outro, o dono da Tesla respondeu sem recuar, apontando o nome de Trump nos controversos arquivos do caso Jeffrey Epstein.
“Vamos economizar bilhões encerrando os subsídios e contratos de Elon Musk”, escreveu Trump no Truth Social. Ele ainda chamou o bilionário de “enlouquecido” e disse ter “pedido para ele sair” da Casa Branca. Musk, por sua vez, ironizou no X (antigo Twitter), dizendo: “Vá em frente, faça o meu dia…”. Em outro post, respondeu com ainda mais contundência: “Trump está nos arquivos de Epstein. É por isso que não os divulgaram ainda”.
A acusação veio sem detalhes ou provas, mas Musk indicou que a verdade viria à tona. A Casa Branca foi procurada, mas ainda não comentou. O nome de Trump já foi mencionado anteriormente em relação a Epstein, com quem manteve amizade nos anos 1990. Ele, porém, nunca foi formalmente acusado de qualquer envolvimento no escândalo.
As declarações de Musk destoam da maioria dos líderes empresariais americanos, que preferem o silêncio quando atacados diretamente por Trump. Ele tem mantido uma postura independente, mesmo sob risco de retaliação financeira, como no caso dos contratos da SpaceX com o governo e os incentivos fiscais à Tesla. É um raro caso de confronto direto vindo do setor privado.
O presidente também voltou a criticar a política de veículos elétricos e alegou ter derrubado o que chamou de “mandato” para compra de carros da Tesla — algo que, na prática, nunca existiu como obrigação federal. A tensão cresce num momento em que Musk vem criticando abertamente o plano econômico e fiscal da atual gestão, enquanto Trump tenta consolidar apoio para a reeleição.
Mesmo com as ameaças, Musk parece decidido a manter sua posição — e o tom. Em meio a um embate que mistura tecnologia, política e escândalos, ele faz questão de deixar claro: não vai ceder à pressão de ninguém, nem mesmo do presidente dos Estados Unidos.






