Ordem executiva marca saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde, encerrando participação iniciada em 1948.
O ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva encerrando a participação dos Estados Unidos na Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida, anunciada nesta segunda-feira, concretiza uma promessa de campanha de rejeitar instituições globais, como a agência de saúde com sede em Genebra, na Suíça.
Trump criticou a OMS por sua atuação durante a pandemia de COVID-19, alegando má gestão e acusando a organização de proteger a China enquanto ocultava investigações sobre a origem da pandemia. Ele também destacou a falta de reformas e a influência política de estados-membros, em especial do Partido Comunista Chinês, apontando para a gestão de Tedros Adhanom, nomeado diretor-geral em 2017.
Os Estados Unidos são historicamente o maior financiador da OMS, mas Trump classificou os pagamentos como “injustamente onerosos”. A decisão de saída rompe uma parceria que começou em 1948, quando a organização foi fundada.
Com a retirada, os EUA se tornam a única grande potência a não integrar a OMS, composta por 194 países. A decisão deve gerar repercussões significativas no cenário global de saúde e diplomacia.