Trump volta a defender Bolsonaro e chama processo no STF de “caça às bruxas”

Bolsonaro e Trump em janeiro - foto - Alan Santos_PR_Agência Brasil reprodução BSB TIMES

Presidente dos EUA reforça apoio ao ex-presidente brasileiro e eleva tom contra Judiciário do Brasil; crise diplomática com Alexandre de Moraes se intensifica

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se manifestar publicamente em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (8), classificando os processos que o brasileiro enfrenta no Supremo Tribunal Federal como parte de uma “caça às bruxas”. A nova declaração foi publicada em sua rede social, a Truth Social, onde Trump escreveu:

“Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. Caça às bruxas!”

O republicano já havia abordado o tema um dia antes, quando também criticou o tratamento dado pelas autoridades brasileiras ao aliado político. Na publicação anterior, Trump descreveu Bolsonaro como um “líder forte” e “patriota dedicado ao povo”, acrescentando que ele “não é culpado de nada, exceto por lutar pelo seu país”.

As manifestações ocorrem em um momento de forte tensão entre o governo dos EUA e o Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro responde no Brasil a uma série de acusações criminais, incluindo a de tentativa de golpe de Estado — processo no qual é réu e cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes.

Trump mira Moraes e apoia ofensiva judicial nos EUA
A retórica do líder norte-americano se alinha com a ofensiva judicial movida por sua empresa, a Trump Media, junto à plataforma de vídeos Rumble, contra o ministro Alexandre de Moraes em cortes americanas. As duas companhias alegam que Moraes teria violado leis dos EUA ao ordenar o bloqueio de contas e conteúdos em redes sociais hospedadas em território americano.

A ação também menciona o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Allan dos Santos como supostos alvos de perseguição política por parte do STF. Ambos vivem atualmente nos Estados Unidos e mantêm interlocução próxima com parlamentares republicanos.

Pressão no Congresso americano e escalada diplomática
Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde fevereiro, tem buscado apoio no Congresso americano para denunciar o que classifica como “censura institucionalizada” no Brasil. Um dos aliados mais ativos da causa é o congressista Cory Mills, que recentemente cobrou posicionamento do secretário de Estado Marco Rubio sobre a situação.

As declarações de Trump, somadas ao processo contra Moraes, já provocaram reações no governo Lula e no próprio STF, que considera a ofensiva americana uma interferência indevida na soberania do Judiciário brasileiro. A AGU (Advocacia-Geral da União) está preparando uma defesa técnica de Moraes para apresentar às autoridades judiciais dos EUA, caso a intimação seja formalizada.

Crise com risco geopolítico
A nova rodada de declarações de Trump reacende uma crise diplomática em plena campanha eleitoral americana, com forte impacto na relação entre os dois países. Internamente, o Planalto trata o episódio com cautela, mas aliados de Lula já consideram o embate com Trump um componente inevitável da política externa brasileira até 2026.

Ao mesmo tempo, a tensão institucional agrava o clima político no Brasil. A defesa pública de Bolsonaro por um chefe de Estado estrangeiro enquanto o ex-presidente responde por crimes graves no STF é vista por ministros da Corte como tentativa de deslegitimar o sistema de justiça brasileiro no cenário internacional.

A expectativa é que o embate se intensifique nas próximas semanas, com novos desdobramentos da ação judicial nos EUA e com possíveis sanções simbólicas contra o Brasil sendo aventadas em círculos republicanos. Enquanto isso, Trump parece disposto a transformar Bolsonaro em símbolo de sua própria narrativa de perseguição política, conectando sua campanha presidencial nos EUA ao destino jurídico do aliado brasileiro.

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