Decisão da Executiva Nacional do partido responde à gravidade das acusações contra o deputado federal
A Executiva Nacional do União Brasil tomou uma decisão firme na noite deste domingo, ao expulsar do partido o deputado federal Chiquinho Brazão, representante do Rio de Janeiro. Brazão encontra-se sob custódia, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A decisão, anunciada pelo presidente do partido, Antônio de Rueda, ocorreu após uma reunião virtual da Executiva, na qual 14 dos 17 membros estavam presentes e todos votaram pela expulsão. O processo foi iniciado por uma representação apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite e relatada pelo senador Efraim Filho.
A justificativa para a expulsão aponta que Chiquinho Brazão violou as regras estatutárias do partido ao se envolver em atividades políticas contrárias ao Estado Democrático de Direito e à violência política contra a mulher. Embora ainda fosse filiado ao União Brasil, Brazão já não mantinha vínculos com a sigla e havia solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorização para desfiliação.
Em nota oficial, o União Brasil repudiou veementemente qualquer tipo de crime, especialmente os de natureza política que atentam contra o Estado Democrático de Direito. O partido expressou solidariedade às famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Além de Chiquinho Brazão, seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, também foi preso sob suspeita de envolvimento no caso. Ambos devem ser transferidos para penitenciárias federais, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Polícia Federal (PF).